Em sessão do Tribunal do Júri de Goiânia finalizada na noite de ontem (27/6), três policiais militares denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) foram condenados pela morte do adolescente Roberto Campos da Silva, conhecido como Robertinho. O crime aconteceu no dia 17 de abril de 2017, no Residencial Vale do Araguaia, na capital. Além da morte do adolescente, de 16 anos, os policiais foram acusados pela tentativa de homicídio do seu pai, Roberto Lourenço da Silva, de 42 anos.
Pelo MPGO, atuaram no julgamento, que se estendeu por dois dias, a promotora de Justiça Renata de Oliveira Marinho e Sousa (17ª Promotoria de Justiça de Goiânia) e o promotor Sebastião Marcos Martins (29ª PJ de Goiânia). Presidiu o júri o juiz Lourival Machado da Costa.
Pela decisão dos jurados, os soldados da Polícia Militar Paulo Antônio de Souza Júnior, Rogério Rangel Araújo Silva e Cláudio Henrique da Silva foram condenados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e fraude processual. Paulo Antônio foi condenado a 21 anos e 4 meses de prisão; Rogério Rangel e Cláudio Henrique foram sentenciados a 10 anos e 8 meses de reclusão.
Segundo sustentado pelos promotores, os policiais, descaracterizados, invadiram a residência da família sob a alegação de investigar suspeita de posse ilegal de arma de fogo. De acordo com o MP, os policiais militares não estavam fardados na hora da ação, não se identificaram como policiais, chegaram fora do horário permitido pela lei e não possuíam mandado judicial para entrar na residência. Os promotores destacaram ainda a ordem cronológica dos fatos – da entrada ilegal na residência da família, ocasião em que os três também iniciaram a execução de um dos crimes contra Roberto Lourenço da Silva e seu filho –, até a consumação do homicídio que vitimou Robertinho. (Texto: Cristina Rosa/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)
FONTE: MP GOIÁS