Ao agir como “fiscal” dos votos da bancada goiana no Congresso Nacional – atrelando determinados parlamentares à “facção criminosa do PT” (palavras dele) -, o deputado federal Gustavo Gayer (PL) já coleciona um número considerável de desafetos em apenas um único semestre de mandato. Depois de José Nelto (PP) e Silvye Alves (UB), seu mais novo inimigo político atende pelo nome de Jorge Kajuru (PSB).
“Tem reuniões da bancada que eu não vou porque tem gente que eu não dou conta de sentar perto”, afirmou Kajuru, em discurso no último domingo, 2/7, no Palácio das Esmeraldas, em solenidade com o governador Ronaldo Caiado e o ministro da Justiça, Flávio Dino, que veio à Goiânia entregar equipamentos e viaturas do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. O deputado não estava no evento.
Na sequência, o senador citou a deputada Silvye Alves, alvo de ataques sistemáticos de Gustavo Gayer por ter votado favorável à Medida Provisória que recriava ministérios no governo Lula. “Ela vem sofrendo muito. Eu abracei a causa dela. Ela não merece o que esse ‘débil mental’ tem feito. Um ‘débil mental’ que acabou virando deputado federal em Goiás, mas que se Deus quiser vai ser cassado”.
“Eu gosto de todo mundo da bancada. Só tenho problema com um só, que eu não vou nem dizer o nome, é claro”, disse Kajuru, para em seguida citar a expressão “débil mental” pela terceira vez. A fala do senador, porém, não encontrou eco junto ao público que acompanhava a solenidade, em sua maioria formado por policiais militares, civis, da polícia técnico-científica e da PRF, e, portanto, com certa simpatia ao bolsonarismo, que Gayer personifica tão bem. Kajuru acabou aplaudido só término do discurso.
FONTE: DIÁRIO DO ESTADO
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