Casal suspeito de hostilizar Moraes fala em “mal entendido” e pede desculpas

A defesa de Roberto Mantovani Filho e Andréa Munarão, casal suspeito de ter hostilizado o ministro do STF Alexandre de Moraes na Itália, se pronunciou sobre o episódio. De acordo com a Polícia Federal, Roberto, Andréa e o genro, Alex Zanatta, teriam xingado o magistrado em um aeroporto em Roma, na última sexta-feira (14). Na ocasião, Andréa o teria chamado de “bandido, comunista e comprado”. Além disso, Roberto é suspeito de ter agredido fisicamente o filho de Moraes. Em nota, a defesa classifica o ocorrido como um “mal entendido” e alega que as ofensas teriam sido proferidas por outra pessoa, e não Andréa. Também diz que ela teria sido atacada por duas pessoas que acompanhavam o ministro do STF na viagem. Ainda de acordo com a defesa, neste momento, Roberto precisou “conter os ânimos do jovem ofensor”. A nota ainda afirma que Moraes teria “casualmente passado por eles nesse infeliz episódio”. “Mesmo assim, se desculpam pelo mal entendido havido, externando o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seu familiares”, acrescenta. Roberto e Andréa deverão prestar depoimento à PF na próxima terça-feira (18/7).

Leia a íntegra da nota abaixo:

Roberto Mantovani Filho e sua esposa lamentam, sinceramente, todo o acontecido, estando convictos da existência de equívoco interpretativo em torno dos fatos. Esclarecem que as ofensas atribuídas como se fossem de Andréa ao Ministro Alexandre de Moraes foram, provavelmente, proferidas por outra pessoa, não por ela. Que dessa confusão interpretativa nasceu desentendimento verbal entre ela e duas pessoas que acompanhavam o Ministro. Que diante dessa discussão, que ficou acalorada diante das graves ofensas direcionadas a Andréa, Roberto, que tem mais de 70 anos, precisou conter os ânimos do jovem ofensor. Dessa forma, reiteram que em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao Min. Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio. Mesmo assim, se desculpam pelo mal entendido havido, externando o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seu familiares. Esclarecem, ainda, que aguardarão a divulgação da íntegra das imagens eventualmente captadas no aeroporto, acreditando que serão esclarecedoras do mal entendido havido. Por fim, manifestam acreditar numa apuração isenta, técnica e equilibrada. Inclusive, já assumiram o compromisso de comparecer perante às autoridades investigantes, o que se dará muito em breve, em data já agendada.

Punição

O ato de desacatar qualquer funcionário público na função de seu ofício ou em razão dele resultará em aplicações jurídicas ao dono da agressão. Este, poderá ficar detido de 6 meses até 2 anos, ou aplicação de multa.

FONTE: BSB/G1