FALA CANEDO

Deputada federal Adriana Accorsi (PT), deputado federal João Daniel (PT-SE) e deputado estadual Mauro Rubem (PT) em visita ao assentamento na Fazenda São Lukas. Foto: reprodução/Instagram

A deputada federal Adriana Accorsi e o deputado estadual Mauro Rubem, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), estiveram no Acampamento Dona Neura, instalado na fazenda São Lukas, em Hidrolândia, na manhã desta segunda-feira (14). No local, que é de propriedade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), foram realizadas diligências da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), as quais foram acompanhadas pelos parlamentares e outras lideranças.

Adriana Accorsi criticou as diligências. “Estamos aqui para defender os interesses da população e dos agricultores familiares, para garantir que os direitos sejam respeitados e as demandas ouvidas. O Acampamento Dona Neura foi montado numa terra recuperada que era usada para exploração sexual e tráfico de mulheres, o nome do acampamento homenageia uma vítima de feminicídio. Esses são os brasileiros e brasileiras que lutam por um país melhor, por justiça e igualdade. Não vamos permitir que o MST, movimento político e social histórico do Brasil, seja usado como bode expiatório pelo extremismo que ataca o nosso país”, publicou a deputada em seus perfis nas redes sociais.

Adriana crê que os trabalhos serão encerrados nos próximos dias e que a CPI do MST será frustrada. “Essa diligência serviu pra mostrar a intenção frustrada dessa CPI, que deve ser encerrada nos próximos dias. Agradeço ao prefeito de Hidrolândia, José Délio Alves, pelo envolvimento direto com os acontecimentos de hoje; ao superintendente do INCRA, Elias D’Angelo, pelo atendimento e ao companheiro Mauro Rubem, nosso deputado estadual, pela parceria nessa luta”, declarou.

Em entrevista, Mauro Rubem afirmou que a CPI tem o interesse de criminalizar a luta pela reforma agrária.

“A visita hoje mostrou claramente o interesse da CPI do MST, apenas para criminalizar a luta pela reforma agrária, para tumultuar e fazer fake news, que é o que os deputados, principalmente aqui de Goiás que compõem essa CPI, sabem fazer. Viram lá um monte de pessoas que lutam pela terra e já estão transformando a área. Com poucos dias que estão lá, já preparando a terra para plantar”, destacou.

Para o deputado, o desejo das pessoas que ocupam o assentamento é de morar e produzir ali. “Nós vimos claramente também o grande apoio que o MST tem na defesa da reforma agrária, das quantidades de pessoas que estavam lá e, principalmente, das famílias que estão acampadas na Fazenda São Lukas”, ressaltou.

Assim como Adriana Accorsi, Mauro Rubem crê que a CPI chegará ao fim nos próximos dias. “Está tudo encaminhado. Realmente a CPI mostra o seu caráter manipulador, ela está já com os dias contados. Acreditamos que agora a CPI não vai ter de fato um tempo maior. Por isso, mais uma ou duas semanas [para] a leitura do próprio relator, que já não consegue mais ficar enganando e mentindo o povo, e [com] isso, a CPI já tende ao seu final”, pontuou.

Adriana Accorsi é barrada em reunião da CPI do MST

No momento que tentou participar de uma das diligências da CPI do MST em Hidrolândia, Adriana Accorsi foi barrada pela deputada federal bolsonarista Magda Mofatto (PL). Ela afirmou que a deputada petista “não faz parte” e fechou a porta.

Indignada, a parlamentar afirmou que faz parte da Comissão e, portanto, era errado que ela fosse mantida do lado de fora. Após o ocorrido, Adriana questionou: “Do que estão com medo? Algo a esconder?” Minutos depois, ela conseguiu adentrar a reunião.

Segundo Accorsi, Magda Mofatto sequer é membra da CPI do MST, enquanto ela é membra titular. A deputada disse que não se intimidará.

“Preciso deixar registrado que não me intimida esse tipo de comportamento truculento e antidemocrático. Entrei minutos depois na reunião da diligência da CPI do MST, porque não aceito e não admito a exclusão e o silenciamento! Sigo na diligência acompanhando TUDO de perto!”, finalizou.

Matéria publicada primeiro no Diário de Goiás

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