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Texto: Alex Alves
Foto: Reprodução/Agência Brasil
A Igreja, embora ensine que a atração pelo mesmo sexo não é pecaminosa, continua considerando os atos homossexuais como tais
O Vaticano tomou uma decisão histórica, anunciando que padres podem agora “abençoar casais do mesmo sexo”, marcando um avanço significativo aprovado pelo Papa Francisco. De acordo com um documento do escritório doutrinário do Vaticano, essas bênçãos podem ocorrer, desde que não façam parte dos rituais regulares da Igreja. A medida não confere legitimidade a situações irregulares, mas é interpretada como um gesto de [acolhimento] divino a todas as pessoas.
O comunicado ressalta que as bênçãos não devem ser confundidas com o sacramento do casamento heterossexual e que os padres devem avaliar caso a caso. O Papa indicou uma mudança em outubro, em resposta a perguntas apresentadas por cardeais conservadores durante um sínodo de bispos no Vaticano.
A Igreja, embora ensine que a atração pelo mesmo sexo não é pecaminosa, continua considerando os atos homossexuais como tais. Desde sua eleição em 2013, Francisco busca tornar a Igreja mais acolhedora para a comunidade LGBT sem alterar a doutrina moral sobre relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.
O documento, intitulado “Sobre o Significado Pastoral das Bênçãos“, destaca situações específicas, enfatizando que a forma da bênção não deve seguir rituais fixos para evitar confusão com o sacramento do matrimônio. Além disso, destaca que a bênção não deve estar vinculada a uma cerimônia de casamento civil e pode ocorrer em contextos diversos, como visitas a santuários, encontros com sacerdotes, orações em grupo ou durante peregrinações.
Enquanto alguns, como o padre James Martin, veem isso como um avanço positivo, é esperado que a decisão enfrente oposição de conservadores que criticaram o Papa por suas declarações iniciais sobre o assunto em outubro.