Polícia descobre esquema de pistoleiros em Goiás

Por: Sidney Araujo

Foto Destaque: Divulgação/Polícia Civil

De acordo com a Polícia Civil, o homicídio do pecuarista Valdemar Ferreira Pimenta, de 74 anos, que morreu no dia 26 de junho desta ano em São Miguel do Araguaia, norte de Goiás, tem relação com uma rede de pistolagem bem organizada que atuava na região. Segundo as investigações, a posse de um pasto localizado em Tocantins seria a principal motivação do crime praticado pelos matadores de aluguel. A vítima teria começado a utilizar a propriedade em abril deste ano, o que trouxe um descontentamento por parte dos criminosos e, posteriormente, levou ao planejamento e a execução do pecuarista.


Valdemar Ferreira Pimenta, de 74 anos, foi assassinado em junho deste ano por um grupo de pistolagem que atuava no norte de Goiás. (Foto: Reprodução/G1)

Após meses de trabalho, a Polícia Civil trouxe à tona a identidade das pessoas responsáveis por este e outros crimes que aconteciam próximos da região. Ao todo, sete pessoas foram presas por suspeitas de terem participado da rede criminosa ou pela atuação na morte de Valdemar. De acordo com o delegado Thales Feitosa de Araújo Fonseca – responsável por toda a investigação – em matéria veiculada ao G1, há três nomes principais envolvidos:

  • Marcelo Franca: para a Polícia Civil, ele é o cabeça de toda a organização e foi o responsável pelo planejamento e execução da morte de Valdemar Ferreira. Foi preso em São José de Piranhas, na Paraíba, quando se preparava para uma vaquejada.
  • José Henrique Correia de Melo Simplício, vulgo Zé Henrique, preso no município de Casa Nova (BA).
  • Raimundo Welligton Maia Macedo, vulgo Galego, morador de Juazeiro do Norte (CE). Repassa a demanda homicida aos demais membros do grupo, gerencia o financiamento e remunera os envolvidos no crime, além de auxiliar a planejar o homicídio. Atualmente, ele está foragido da polícia.

Raimundo Wellington está sendo procurando pela participação no crime contra o pecuarista. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Raimundo Wellington está sendo procurando pela participação no crime contra o pecuarista. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Ainda de acordo com o delegado encarregado do caso, existe um outro intermediário, que foi preso na cidade de Cariri, no Tocantins. Pelas investigações, ele teria dado suporte financeiro para remunerar e financiar os envolvidos no esquema. Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária contra mandantes e outros seis mandados de busca e apreensão em São Miguel do Araguaia, no Tocantins. Vale frisar que os dois pistoleiros responsáveis pela execução do pecuarista já estão presos desde agosto, quando foram pegos em duas cidades do Maranhão.

Em nota, a Polícia Civil explicou que as investigações devem continuar, pois há suspeitas de outros envolvidos

A investigação deve se encerrar nos próximos 30 dias. Na Operação Déspota, realizada na quarta-feira (13/12), foram cumpridos 14 mandados de buscas e 6 de prisão nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Tocantins e aqui em Goiás. Um envolvido está foragido e segue sendo procurado“, explicou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *