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Por: Tatiane Braz
Foto: Divulgação/Agência Brasil
A retomada do multilateralismo, as negociações com a União Europeia e a liderança no Banco do Brics são pilares importantes
No primeiro ano do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, os desafios persistem, mas seu governo demonstra resiliência em meio às complexidades políticas. A interação com um Congresso predominantemente conservador continua a ser uma dança delicada, com o Novo PAC buscando recuperar terreno perdido.
A abordagem técnica e moderada do campo progressista sob a liderança de Lula permanece, refletindo uma postura influenciada por acontecimentos internacionais. O presidente busca não apenas consolidar avanços, mas também enfrentar resistências internas, exemplificadas pela demissão do general Júlio Cesar de Arruda, que desafia a estabilidade na relação com as Forças Armadas.
A atuação de José Múcio Monteiro como ministro da Defesa continua sendo fundamental para pacificar essas relações. A necessidade de reconciliação política com o Congresso e a superação das tensões deixadas pelo governo anterior, especialmente em relação a Jair Bolsonaro, são aspectos cruciais da agenda política de Lula.
No cenário internacional, o Brasil busca não apenas manter, mas fortalecer sua posição. A retomada do multilateralismo, as negociações com a União Europeia e a liderança no Banco do Brics são pilares importantes. A aspiração de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU permanece como um objetivo estratégico.
Enquanto Lula enfrenta incertezas, o segundo ano desde os eventos de 8 de janeiro exige uma gestão habilidosa dos desafios internos e externos. A busca por um equilíbrio entre interesses domésticos e projeção internacional continua a ser a essência de sua administração.