Qual é o balanço do governo Lula em seu primeiro ano de governo?

Por: Sidney Araujo

Foto Destaque: Ricardo Stuckert (PR)

Da mesma forma como foi eleito de maneira apertada, Lula também “passou de ano” quase que aos 45 do segundo tempo em 2023. Tendo que fazer movimentações para agradar o chamado “centrão” e o Congresso Nacional, o petista foi refém em alguns momentos. Contudo, teve projetos de interesse que foram aprovados como a reforma tributária. Em outro ponto positivo, Lula fechou o ano com aprovação popular de 54% – segundo pesquisa da Genial/Quaest divulgada em dezembro.

Em pronunciamento em rede nacional na véspera de Netal, o petista disse que as expectativas do mercado foram superadas em 2023 e que vão continuar a ser no próximo ano, com a robustez do Plano Safra robusto, a geração de emprego e renda da Nova Política Industrial e os investimentos em infraestrutura do Novo PAC.

“O PIB, que é a soma de toda a riqueza que o país produz, cresceu acima das previsões do mercado. A inflação está sob controle, o preço dos combustíveis está caindo e a comida ficou mais barata. O dólar caiu e a Bolsa de Valores está batendo recordes”, destacou Lula.

Para 2024, o atual chefe de estado precisa ter jogo de cintura ao conter a pressão da sociedade em relação aos investimentos e, além disso, conseguir ter uma boa relação com o Congresso Nacional, principalmente a Câmara dos Deputados comandada por Arthur Lira (PP-AL). No meio desses processos políticos, o presidente terá que promover o equilíbrio dos gastos públicos, algo que vem sendo muito defendido pelo seu ministro Fernando Haddad.

Visando as eleições municipais, Lula se prepara para uma grande prova de fogo, já que na eleição presidencial acabou vencendo em apenas nove dos 20 municípios mais populosos do Brasil. Em uma construção de sua base regional, há uma grande chance de apoios a candidatos que não fazem parte do seu partido, mas que são seus apoiadores, como Eduardo Paes (PSD) que briga pela reeleição no Rio de Janeiro (RJ), além de Guilherme Boulos (PSOL) que deve ser o nome forte da esquerda em São Paulo (SP).

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