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Por: Alex Alves
Foto: Reprodução
Salah al-Arouri, vice-presidente do gabinete político do Hamas e fundador do braço militar do grupo palestino, faleceu em uma explosão no sul de Beirute, capital do Líbano, conforme anunciado pelo próprio grupo palestino nesta terça-feira (2/01). A explosão, que vitimou outras cinco pessoas, ocorreu no bairro Dahiyeh.
O Hamas, que exerce controle sobre a Faixa de Gaza, mantém laços estreitos com o Hezbollah, um grupo libanês apoiado pelo Irã e com uma presença significativa no local da explosão.
As Forças Armadas israelenses não emitiram comentários sobre as especulações da mídia estrangeira que associam a explosão a possíveis ações de Israel. Mark Regev, assessor próximo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a explosão resultou de um “ataque cirúrgico” contra o Hamas, embora não tenha atribuído a autoria diretamente a Israel em uma entrevista à MSNBC.
“Quem quer que tenha feito isso precisa deixar claro que não foi um ataque ao Estado do Líbano”, ressaltou Regev. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, classificou a explosão como “um crime” com o objetivo de “arrastar o Líbano para uma nova fase de confronto com Israel”.
Salah al-Arouri, de 57 anos, teve papel importante no Hamas, liderando o movimento estudantil islâmico desde 1987 e desempenhando papel fundamental na criação e liderança das brigadas Al-Qassam, o braço militar do grupo. Sua trajetória incluiu participação em um acordo que resultou na libertação de mais de 1.000 prisioneiros palestinos em troca de um soldado israelense em 2006.