Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Joédson Alves/Agência Brasil
Na próxima segunda-feira (08/01), em Brasília (DF), será realizado o evento “Democracia Inabalada” para relembrar os ataques realizados há um ano. Se entre a base do governo há um sentimento de celebração, não é possível dizer o mesmo entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), recentemente, afirmou que irá ignorar o ato: “Coisa ridícula esse gasto de energia e dinheiro público”, disse ela em pronunciamento ao jornal Folha de São Paulo. Além disso, a parlamentar não estará presente na capital federal no dia do evento.
Em uma entrevista concedida à CNN, o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) criticou a solenidade. “Querem fazer essa a data do martírio, mas foi a da opressão. Vão fazer o ato para uma bolha. Será um tiro no pé no Lula”.
Governadores bolsonaristas e apoiadores vão ignorar a cerimônia
Internamente há uma percepção de incômodo dos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro. Entretanto, a principal orientação é que todos “ignorem o ato”. Como uma prova disso, os governadores bolsonaristas alegaram férias, viagens e “compromissos já agendados” para evitar uma possível saia justa entre os seus apoiadores.
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), por exemplo, vem sendo muito criticado pela sua base aliada por ter participado de atos recentes ao lado do presidente Lula e do ministro da fazenda Fernando Haddad. Dessa forma, o afastamento estratégico não agrada e nem desagrada nenhum lado. Em meio a tudo isso, o ex-presidente Bolsonaro deve passar o dia 8 de janeiro em sua casa de praia localizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Oficialmente, as lideranças bolsonaristas afirmam que não há nenhuma tentativa de mobilização para se contrapor à cerimônia que deve contar com cerca de 500 convidados no Salão Negro do Congresso Nacional, incluindo ministros, governadores apoiadores, parlamentares, ministros do STF e integrantes de movimentos sociais.
Marcado para começar às 15h, algumas autoridades devem fazer discursos, como os presidentes dos poderes democráticos do Brasil: Luiz Inácio Lula da Silva (República), Rodrigo Pacheco (Senado), Arthur Lira (Câmara), Alexandre de Moraes (TSE), Roberto Barroso (STF), além da governadora do Rio Grande do Norte Fátima Bezerra (PT).
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