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Por: Alex Alves
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O governo brasileiro, por meio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarou seu apoio à denúncia apresentada pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando o país do Oriente Médio de genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito após uma reunião entre o presidente Lula e o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, que discutiram a situação dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
Após mais de três meses de conflito entre Israel e Palestina, com ataques do grupo Hamas resultando em uma reação israelense que deixou mais de 22 mil mortos em Gaza, a maioria mulheres e crianças, o presidente Lula recordou a condenação imediata pelo Brasil dos ataques terroristas do Hamas em outubro do ano passado. No entanto, ele ressaltou que tais atos não justificam o uso indiscriminado e desproporcional de força por parte de Israel contra civis, que já resultou em mais de 23 mil mortos, sendo 70% mulheres e crianças, e 7 mil pessoas desaparecidas.
O presidente expressou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a CIJ para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos que possam constituir genocídio ou crimes relacionados. Em face das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, Lula destacou os esforços feitos pessoalmente com outros líderes mundiais pelo cessar-fogo, pela libertação de reféns em poder do Hamas e pela criação de corredores humanitários para a proteção dos civis.
O Brasil também reiterou a defesa da solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.