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Por: Tatiane Braz
Foto: Destaque/Agência Brasil
Um relatório da ONG Grupo Gay da Bahia revela um preocupante cenário, indicando que 257 pessoas LGBT foram vítimas de homicídios, latrocínios e suicídios no Brasil em 2023. Essa triste estatística, porém, pode ser ainda maior, pois 20 mortes estão sob apuração, podendo elevar o número para até 277 casos.
Do total de mortes registradas, 127 referem-se a pessoas travestis e transgêneros, 118 a gays, nove a lésbicas e três a bissexuais. O fundador da ONG, Luiz Mott, destaca a preocupação com o aumento de mortes de travestis em relação aos gays, ressaltando a discrepância de risco, sendo 19 vezes maior para trans e travestis.
O relatório destaca que 67% das vítimas eram jovens entre 19 e 45 anos, com o mais jovem, de apenas 13 anos, morto em Sinop, Mato Grosso, após uma tentativa de estupro. Das mortes, 204 foram homicídios, 17 latrocínios e 20 suicídios, seis a mais do que em 2022.
Quanto ao local da violência, 29,5% das vítimas morreram em casa, enquanto 40% perderam a vida nas ruas ou espaços externos. O relatório enfatiza padrões persistentes, como travestis sendo assassinadas em locais específicos, enquanto gays e lésbicas enfrentam formas variadas de violência doméstica.