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Por: Redação/Fala Canedo
Foto: Destaque/Reprodução
A Operação Vigilância Aproximada, deflagrada pela Polícia Federal, desvenda um cenário alarmante de monitoramento ilegal perpetrado por uma organização criminosa enraizada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Com 21 mandados de busca e apreensão em andamento, a ação revela uma teia de atividades ilícitas, incluindo o uso não autorizado de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis para monitorar autoridades públicas e cidadãos.
A investigação resulta em medidas cautelares que incluem a suspensão imediata das funções públicas de sete policiais federais, evidenciando a gravidade das alegações. As diligências abrangem 18 locais em Brasília, uma em Juiz de Fora (MG), uma em São João Del Rei (MG) e outra no Rio de Janeiro.
Este desdobramento é uma continuação das apurações iniciadas pela Operação Última Milha em outubro do ano anterior. As evidências obtidas indicam que a organização criminosa estabeleceu uma estrutura paralela na Abin, manipulando ferramentas do Estado para gerar informações com propósitos políticos e midiáticos, muitas vezes interferindo em investigações da Polícia Federal.
A Polícia Federal destaca que os investigados podem enfrentar acusações que variam desde invasão de dispositivo informático alheio até crimes relacionados a organização criminosa e interceptação ilegal de comunicações telefônicas, de informática ou telemáticas, sem a devida autorização judicial ou com objetivos não permitidos por lei.
O desenrolar dessa operação revela um grave comprometimento da segurança institucional e coloca em foco a necessidade de rigorosas medidas legais para garantir a integridade das instituições públicas.