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Por: Tatiane Braz
Foto: Reprodução/ Ricardo Stuckert /Agência Brasil
A exoneração de Alessandro Moretti do cargo de diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), anunciada nesta terça-feira (30), surge em meio a uma operação da Polícia Federal que investiga um suposto esquema de produção de informações clandestinas dentro da Abin durante a gestão do então diretor, Alexandre Ramagem.
A demissão, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), está relacionada às apurações que envolvem o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente Lula, em entrevista anterior, destacou que, se comprovado o envolvimento de Moretti no monitoramento ilegal do governo anterior, não haveria condições de sua permanência na instituição. Alessandro Moretti, que estava na Abin desde março de 2023, manteve-se no órgão por ter relação de confiança com o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, indicado pelo presidente Lula.
Com a saída de Moretti, Marco Aurélio Chaves Cepik assume o segundo posto na Abin, conforme comunicado da Casa Civil da Presidência da República. Cepik, professor universitário e atual diretor da Escola de Inteligência da Abin, assume o cargo em substituição a Moretti.
O histórico de Moretti inclui passagens pela direção de Inteligência Policial e de Tecnologia da Informação e Inovação na Polícia Federal, assim como funções de destaque na Secretaria Nacional de Segurança Pública e na segurança pública do Distrito Federal.
A exoneração ocorre em um contexto de investigações sensíveis, evidenciando a necessidade de transparência e integridade nas atividades de órgãos de inteligência do país.