Por: Redação
Foto: Destaque/PF
Pai e filho foram detidos como os principais suspeitos de invadir sistemas federais e tentar comercializar informações sensíveis, incluindo dados do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso. A operação I-Fraude, desencadeada pela Polícia Federal (PF) no dia 31 de janeiro, resultou na prisão da dupla em Campinas (SP) e Caruaru (PE), com mandados expedidos pela 12ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
Além da prisão preventiva, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 4 milhões nas contas dos envolvidos. Durante as investigações, a PF encontrou dados de diversas autoridades e figuras públicas nos arquivos dos suspeitos. A dupla já havia planejado esquemas de mensalidades com base no número de consultas realizadas, tendo mais de 10 mil assinantes no painel de consulta, com uma média mensal de 10 milhões de consultas.
A investigação revelou que membros de facções criminosas e das forças de segurança consultavam os dados, chegando a oferecer o serviço gratuitamente, mas exigindo documentos para comprovar suas funções. Isso permitiu aos investigados acesso a milhares de servidores da segurança pública, fornecendo esses dados a interessados.
Os crimes imputados à dupla incluem invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, com uma possível pena de até 23 anos de prisão. As investigações continuam, e caso seja confirmado o envolvimento em outros crimes, a pena dos acusados pode ser ampliada.