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Por: Agência Brasil
Foto: Destaque /Ovena Rosa
Na Paulista, marcha pede legalização do aborto e igualdade de gênero e o fim da violência e acesso a serviços estavam na pauta do ato
No último Dia Internacional da Mulher, a Avenida Paulista em São Paulo foi palco de uma manifestação vigorosa pela vida das mulheres e pela legalização do aborto. Sob as cores roxo e verde, símbolos da luta feminista e da descriminalização do aborto, pessoas de diferentes gêneros uniram suas vozes em busca de direitos básicos e igualdade.
Entre os clamores estavam o acesso a serviços de qualidade na educação e saúde, água potável e, crucialmente, a legalização do aborto. Em um país onde o tema é ainda alvo de acalorados debates, os manifestantes levantaram bandeiras e cartazes com mensagens como “Resistimos para viver, marchamos para transformar” e “Respeitem o padre Julio Lancellotti”.
A marcha não foi apenas uma demonstração de reivindicações, mas também uma lembrança das vidas perdidas devido à violência de gênero e da iniquidade persistente no mercado de trabalho. Índices alarmantes de feminicídio e discriminação foram denunciados, destacando a urgência de mudanças estruturais na sociedade.
Além disso, a homenagem a figuras como a saudosa Nalu Faria, uma das articuladoras da Marcha Mundial das Mulheres, ecoou entre os presentes. Seu legado de luta e resistência continuou inspirando aqueles que marchavam sob a chuva persistente, relembrando que a luta feminista não se limita a um dia, mas é uma jornada diária.
Entre as vozes que ecoavam pelas ruas, também surgiam palavras de ordem políticas, como o pedido pela prisão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Para muitos, sua gestão foi marcada por retrocessos, especialmente durante a pandemia de Covid-19, onde suas políticas contrárias à vacinação resultaram em perdas irreparáveis para milhares de brasileiros.
Esse não foi um evento isolado. Em todo o Brasil, 26 atos estavam programados, marcando um movimento nacional pela igualdade de gênero e pelos direitos das mulheres. No dia seguinte, novas manifestações estavam previstas em outras cidades, como Caruaru (PE), São Bernardo do Campo (SP) e Guarapari (ES), solidificando a voz coletiva em busca de um futuro mais justo e igualitário para todas as pessoas.