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Por: Tatiane Braz/portalfalacanedo.com.br
Foto: Destaque/Isac Nóbrega/PR
O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Jr., revelou em seu depoimento à Polícia Federal (PF) que o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, ameaçou prender o ex-presidente Jair Bolsonaro caso ele insistisse em uma empreitada golpista após o resultado das eleições. Segundo o relato prestado, a ameaça ocorreu durante uma reunião entre Bolsonaro e os chefes das Forças Armadas, logo após o segundo turno das eleições.
Na ocasião, o presidente Bolsonaro teria mencionado a possibilidade de atentar contra o regime democrático através de instrumentos previstos na Constituição, como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa ou estado de sítio. Foi nesse contexto que Freire Gomes teria declarado que, se Bolsonaro tentasse tal ato, ele teria que ser preso.
O coronel Baptista Jr. também ressaltou que se opôs veementemente a essa empreitada golpista, que visava anular o resultado das eleições e manter Bolsonaro no poder, mesmo após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em outra reunião entre os comandantes das Forças Armadas e Bolsonaro, Baptista Jr. deixou claro ao presidente que não havia qualquer possibilidade de ele permanecer no poder após o término de seu mandato.
Essas revelações lançam luz sobre a tensão e os embates nos bastidores do poder, evidenciando a resistência de alguns setores militares à tentativa de subverter o processo democrático. A ameaça de prisão proferida por Freire Gomes mostra a gravidade da situação, revelando até que ponto chegou o descontentamento com as tentativas de Bolsonaro de desestabilizar as instituições democráticas do país.