Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Reprodução
A Polícia Civil está investigando um suposto esquema de fraude e corrupção na Prefeitura de Goiânia. Nesta quarta-feira (20), mais de 100 agentes da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) da Polícia Civil (PC) cumpriram 32 mandados de busca e apreensão no Paço Municipal, sedes de empresas e algumas casas de servidores.
A polícia vem investigando um suposto esquema de modificação irregular de licitações e contratos, peculato, constituição de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e envolvem recapeamento de asfalto. Ainda de acordo com a investigação, os crimes estariam acontecendo desde 2022. Ainda segundo a Polícia Civil, os envolvidos estariam alterando os preços dos itens de licitações e depois de serem selecionados eles solicitavam aditivos no contrato para conseguir entregar os materiais que estavam descritos no edital.
Segundo a Deccor, os esquemas estavam sendo praticados por diversas instituições públicas, como a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Secretaria Municipal de Administração (Semad) e Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). . Dentre os alvos da operação, estão:
- Denes Pereira Alves, secretário municipal de Infraestrutura Urbana e ex-secretário municipal de Administração, o qual cumulou os referidos cargos até o final do ano passado;
- Alisson Silva Borges, presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg);
- Edimar Ferreira da Silva, Diretor de Urbanismo da Comurg;
- Adriano Renato Gouveia, Diretor Administrativo Financeiro da Comurg;
- Luan Deodato Machado Alves, Presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).
Em nota, a Prefeitura de Goiânia disse que estava aberta para colaborar com as investigações, ajudando os agentes na localização de computadores e documentos.
Veja a nota na íntegra!
Como funcionaria o esquema?
A investigação teria identificado dois grupos principais. Em um deles, sócios administradores das empresas supostamente ativas para a práticas dos crimes, enquanto o outro núcleo era composto por funcionários públicos que eram responsáveis pelas licitações e contratos que seriam fraudados.
Ainda segundo a Polícia Civil, tudo era bem calculado e os membros responsáveis pelas empresas fraudulentas acabavam conseguindo parcerias entre si para conseguir licitações por órgãos públicos se aproveitando de lances durantes os chamados pregões eletrônicos.
Na investigação, foram encontradas irregularidades em cinco licitações. Nelas, os investigados revezavam para buscar ganhar os maiores lotes, vencendo os rivais por meio do “mergulho de preço”. Quando acontecia a disputa, essas empresas envolvidas no esquema conseguiam apresentar lances menores do que seus concorrentes, tornando a concorrência desleal e inviável para as demais.