@falacanedo/Instagram
Por: Alex Alves/portalfalacanedo.com.br
Foto: Cleverson Oliveira/Mcom
Em resposta aos ataques do bilionário, ministro reage àquilo que considerou “instrumentalização dolosa” da rede social. Bolsonaristas exaltam ameaças do empresário de reativar contas suspensas judicialmente, enquanto governo defende regulação das redes
O Supremo Tribunal Federal (STF), sob a direção do ministro Alexandre de Moraes, deu início a uma investigação para apurar possíveis crimes contra a democracia envolvendo o ativista digital conhecido como X, a plataforma de redes sociais Twitter e o renomado empresário Elon Musk. A decisão foi desencadeada por uma notícia-crime apresentada ao STF pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), que acusou os três de envolvimento em “ato ou grupo de extermínio”, incitação ao crime e apologia ao genocídio.
Segundo as alegações de Kataguiri, X teria publicado em suas redes sociais conteúdos defendendo ações violentas contra autoridades públicas, enquanto o Twitter teria permitido a disseminação dessas mensagens em sua plataforma. Elon Musk, por sua vez, é acusado de financiar a organização liderada por X, denominada “Movimento Nacionalista”.
A decisão de Moraes de abrir a investigação teve como base o inquérito das fake news, que tem como objetivo investigar a disseminação de notícias falsas e ameaças contra autoridades. Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) conduza a investigação para identificar os responsáveis pelas postagens e eventuais crimes cometidos.
Tanto X quanto Elon Musk ainda não se pronunciaram publicamente sobre as acusações. O Twitter, por sua vez, declarou que colaborará integralmente com as autoridades durante todo o processo de investigação. Esta nova medida do STF reforça a sua posição no combate à disseminação de fake news e atos prejudiciais à democracia nas redes sociais e na internet em geral.
É um cenário complexo, envolvendo questões como liberdade de expressão, responsabilidade das plataformas digitais e os limites legais do discurso online. A sociedade aguarda atentamente os desdobramentos desta investigação e como ela contribuirá para um debate mais seguro e responsável no ambiente digital.