Florinda Meza nega conflitos com filhos de Bolaños e pede retorno de Chaves e Chapolin na TV

Por: Sidney Araujo

Foto Destaque: Reprodução

A atriz Florinda Meza, de 75 anos, fez um desabafo muito forte na noite desta quinta (25) sobre as últimas polêmicas envolvendo todo o trabalho de Chaves e Chapolin.

Ela, que ficou famosa por interpretar a “Dona Florinda” no famoso seriado mexicano, também é viúva do comediante, ator e cineasta Roberto Gómez Bolaños, autor dessas obras e que também deu vida ao garoto do barril e ao “Polegar Vermelho”.

Em uma longa carta direcionada aos fãs, Florinda negou que esteja em guerra com os filhos do ator e frisou que desde a morte de Bolaños não iniciou batalhas judiciais: “Quero esclarecer que, até hoje, não processei ninguém, não é meu desejo e espero não me ver na necessidade de fazê-lo, por nenhum motivo”, explicou.

Recentemente, a imprensa do México chegou a noticiar que a atriz processou a Max, que produz uma série biográfica sobre a vida do eterno ator de Chaves.

Em outra parte do texto, Florinda Meza lamentou que os programas de Chespirito estejam fora do ar por brigas e questões burocráticas. “Ele me nomeou como sua representante para proteger seus personagens de um mau uso. E que pior uso pode ser feito do legado de um gênio do que enterrá-lo, congelá-lo por quase quatro anos?”, disse.

A atriz ainda falou que busca manter a imagem de Bolaños e espera que todos respeitem a sua decisão: “Qualquer produção que fale sobre ele se atenha à verdade e reflita o que Roberto pensava e sentia. Qualquer visão diferente disso não será sua biografia, será outra história, a imaginação de outra pessoa, cheia de fantasias para vender”.

No final, Florinda disse que está à disposição para resolver o imbróglio com os herdeiros para que os programas retornem à televisão: “Se eles quiserem, podemos resolver isso imediatamente, é urgente que o riso retorne aos lares”.



A carta de Florinda Meza:

“Todos sabem que Roberto Gómez Bolaños é o amor da minha vida. Quando ele fez seu testamento, fiquei tranquila, pois ele decidiu aquilo que o deixou em paz. Em 2014, Roberto morreu nos meus braços. Meu luto por sua ausência tem sido longo e doloroso, passei anos isolada, me recuperando.

Em 2020, no auge da pandemia, o contrato com a Televisa pelos direitos literários para as transmissões da série Chespirito terminou. Eu, como escritora, deveria ter sido convocada para essa negociação, mas não fui. Fiquei sabendo pela mídia que finalmente não tinham chegado a um acordo e suspenderam a transmissão dos programas. Algo explodiu dentro de mim, foi como se meu Rober se levantasse da tumba e gritasse: ‘Acorda! Você tem que defender meu legado’.

Em seu testamento, ele me nomeou como sua representante para proteger seus personagens de um mau uso. E que pior uso pode ser feito do legado de um gênio do que enterrá-lo, congelá-lo por quase quatro anos?

Roberto nunca se interessou pelo dinheiro, ele o via como uma consequência do seu trabalho. Ele não teria permitido que a série saísse do ar durante a pandemia. Retirar essa alegria dos seguidores justo quando mais precisavam foi terrível. Agora eles aguardam ansiosos pelo retorno do programa número um da televisão humorística para compartilhar com seus filhos a comédia saudável, as emoções positivas e os valores universais.

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