Por: Tatiane Braz
Foto destaque: Reprodução/Jefferson Bernardes/Gettyimagens Embed
O Rio Grande do Sul foi devastado por fortes chuvas, desencadeando uma série de deslizamentos de terra e inundações que resultaram em uma crise humanitária. Segundo informações da Defesa Civil, o nível do Guaíba subiu de forma alarmante, deixando um rastro de destruição e tragédia.
As estatísticas são angustiantes: mais de 440 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas residências, sendo que 71,3 mil delas encontraram abrigo em centros de acolhimento. A busca por sobreviventes continua, com aproximadamente 120 pessoas ainda desaparecidas. O número de feridos já ultrapassa 750, enquanto o triste saldo de vítimas fatais atinge a marca de 136, predominantemente em decorrência dos alagamentos e deslizamentos.
As condições meteorológicas adversas persistem, e a população teme novas elevações no nível do Guaíba. A previsão de mais chuvas e ventos intensos aumenta a apreensão entre aqueles que buscavam retornar a suas casas para recuperar pertences ou resgatar animais de estimação deixados para trás.
A resposta das autoridades tem sido incansável. Com o Aeroporto Salgado Filho fechado, voos comerciais estão sendo desviados para a Base Aérea de Canoas, que se tornou um importante centro de distribuição de recursos essenciais, como alimentos, roupas e kits de higiene, provenientes de diversos pontos do país.
O governador Eduardo Leite anunciou medidas para agilizar a assistência às vítimas, incluindo a criação de uma conta de PIX para receber doações, administrada por uma empresa privada. Apesar de acumular mais de R$ 70 milhões, a efetiva utilização desses recursos ainda está em espera.
Diante da magnitude da tragédia, o Governo Federal decretou estado de calamidade no Rio Grande do Sul e mobilizou uma sala de crise. Um montante significativo, cerca de R$ 325 milhões, já foi repassado para os governos municipal e estadual, destinado à reconstrução de pontes e outras necessidades emergenciais.
Enquanto isso, a Marinha do Brasil enviou o maior navio de guerra da América Latina para fornecer suporte logístico e assistência médica à população atingida. Com capacidade para produzir até 300 mil litros de água potável por dia, a embarcação também está equipada com instalações médicas de emergência, incluindo UTI, centro cirúrgico e farmácia.