Facções criminosas aproveitam crise humanitária para expandir controle no Rio Grande do Sul

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Controle dos abrigos e desinteresse do PCC: Uma análise das facções atuantes no RS

Por: Redação/FC

Foto destaque: Reprodução/Defesa Civil


No auge da crise humanitária causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, abrigos emergenciais foram estabelecidos em Guaíba e Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, para acomodar cerca de 5 mil pessoas. No entanto, entre os desabrigados, havia membros de facções criminosas que começaram a dividir e controlar os espaços, refletindo seu poder nas comunidades.

Controle e Intervenção

Trabalhadores dos abrigos relataram que facções criaram divisões físicas nos alojamentos e designaram locais estratégicos para seus membros. Segundo o sociólogo Rodrigo Azevedo, professor da PUC-RS, esses grupos buscavam manter seu domínio habitual mesmo na situação de crise. No entanto, as autoridades rapidamente redistribuíram os desabrigados em alojamentos menores para dispersar o poder das facções, limitando a ocupação a até 120 pessoas por local.

Ações Policiais e Crimes Relacionados às Enchentes

Nos primeiros dias da tragédia, as forças de segurança estavam focadas nos resgates, o que facilitou a atuação dos criminosos. A Secretaria da Segurança Pública registrou 65 boletins de ocorrência relacionados às enchentes, incluindo furtos e roubos. No entanto, o domínio das facções nos abrigos foi rapidamente desmantelado, e ações policiais resultaram em 54 prisões dentro dos abrigos por diversos crimes, como agressões e furtos.

Resposta das Autoridades

O secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, afirmou que as primeiras semanas após o início da crise não viram um aumento esperado na criminalidade, com uma redução de 44% nas ocorrências de homicídios e 60% nos roubos em comparação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, Caron reconheceu a necessidade de atenção contínua às “cidades temporárias” onde os desabrigados serão alojados provisoriamente, para evitar a escalada de crimes.

Facções Locais e a Tragédia

As facções Bala na Cara e Os Manos dominam o cenário criminoso no Rio Grande do Sul. Azevedo explicou que embora facções nacionais como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) não tenham interesse em se estabelecer na região devido à sua localização fora das rotas principais de tráfico de drogas, elas ainda realizam negócios com grupos locais. As enchentes também afetaram os depósitos de armamentos e drogas dessas facções, resultando em perdas significativas.

Preocupações Futuras

Especialistas prevêem uma possível onda de roubos e furtos para compensar os prejuízos causados pelas enchentes. Caron afirmou que a polícia continuará com operações de inteligência e patrulhamento intensivo para conter a criminalidade. A suspensão de férias e a convocação de reservistas demonstram o compromisso das autoridades em manter a ordem e garantir a segurança nas áreas afetadas.

A resposta rápida das autoridades e a redistribuição dos desabrigados foram cruciais para desmantelar o controle das facções nos abrigos emergenciais. No entanto, a vigilância contínua e as operações de segurança serão essenciais para evitar que a crise humanitária se transforme em uma crise de segurança prolongada no Rio Grande do Sul.

 

Água cobre parte do muro de casa alagada com os dizeres “Deus é bom” – Foto: FELIPE SOUZA/BBC

Fonte: BBC NEW/BRASIL
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