Por: Alex Alves
Foto destaque: Reprodução/CRISTIANO MARIZ/Agência O Globo
Durante dois anos à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes enfrentou desafios monumentais em um cenário político conturbado. Sua gestão foi marcada por medidas enérgicas para garantir a integridade do processo eleitoral, desde o combate às fake news até a defesa das instituições democráticas.
Ao final de seu mandato como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes deixa um legado marcante em um dos períodos mais tumultuados da história política brasileira. À frente do TSE durante a eleição presidencial de 2022, Moraes enfrentou uma série de desafios e adotou medidas firmes para garantir a integridade do processo eleitoral.
Desde o início de sua gestão, Moraes enfrentou críticas e pressões, especialmente por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Suas ações para combater a disseminação de fake news e garantir a lisura do pleito foram alvo de controvérsias, mas foram consideradas necessárias por muitos especialistas e autoridades.
Um dos momentos mais emblemáticos de sua atuação ocorreu durante o segundo turno da eleição, quando Moraes ameaçou dar voz de prisão ao diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal devido a suspeitas de operações para fiscalizar eleitores em determinadas regiões do país.
Além disso, Moraes também enfrentou desafios no âmbito judicial, acumulando poderes como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ao relatar importantes inquéritos, como os das “fake news” e das milícias digitais. Sua postura firme diante das pressões políticas e midiáticas foi fundamental para preservar a independência e a credibilidade da Justiça Eleitoral.
Embora sua gestão não estivesse isenta de críticas, o ministro Gilmar Mendes, decano do STF, ressalta a importância do papel desempenhado por Moraes. Para Mendes, o TSE enfrentou um desafio “dificílimo” em 2022, e a atuação de Moraes ficará marcada na história como uma defesa das instituições democráticas diante de assédios indevidos.
Com a transição para a ministra Cármen Lúcia na presidência do TSE, fica o desafio de dar continuidade ao trabalho de Moraes e garantir a integridade e a legitimidade do processo eleitoral brasileiro. O legado deixado por Alexandre de Moraes certamente será lembrado e debatido nos anos vindouros, refletindo os desafios e as conquistas da democracia brasileira.