Trump é condenado por júri em fraude para encobrir escândalo sexual

Por: Alex Alves

Foto: Getty Images via AFP


Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, foi declarado culpado de 34 crimes de fraude pelo júri do Tribunal de Nova York na última quinta-feira, 30 de maio. O julgamento, que atraiu atenção global, girou em torno da acusação de falsificação de documentos para encobrir um escândalo sexual durante a reta final da campanha presidencial de 2016. O escândalo envolve um pagamento de 130 mil dólares à ex-atriz pornô Stormy Daniels, intermediado pelo ex-advogado de Trump, Michael Cohen.

A sentença de Trump será proferida no dia 11 de julho, e ele pode enfrentar até quatro anos de prisão por cada uma das 34 acusações. Este veredicto histórico marca a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos é condenado criminalmente. No entanto, de acordo com a legislação do país, Trump ainda pode concorrer e assumir a presidência, mesmo se estiver preso, e ele permanece o candidato do Partido Republicano para as eleições de 5 de novembro deste ano.

O caso “Povo do Estado de Nova York contra Donald J. Trump” foi apresentado pela Promotoria de Manhattan, que acusou o magnata de 77 anos de múltiplas fraudes relacionadas ao pagamento a Stormy Daniels. O julgamento foi conduzido com rigor, envolvendo 12 jurados e seis suplentes, todos cidadãos anônimos por razões de segurança.

Trump enfrenta ainda três outros processos criminais. Em dois desses casos, ele é acusado de tentar anular a derrota nas eleições de 2020, quando Joe Biden foi eleito presidente. Além disso, ele é acusado de reter registros confidenciais do governo após a eleição de 2020 e de tentar impedir que esses documentos fossem recuperados por funcionários federais.

Durante o julgamento, a Promotoria buscou demonstrar que Trump havia orquestrado ou, no mínimo, autorizado o pagamento feito por Michael Cohen a Stormy Daniels. Cohen, que já havia se declarado culpado em 2018 por violações de financiamento de campanha e outras acusações, alegou ter agido sob a direção de Trump com o objetivo de influenciar a eleição presidencial. Ele foi condenado a três anos de prisão e perdeu sua licença para exercer a advocacia.

A acusação também mencionou outros acordos semelhantes ao de Daniels, envolvendo uma ex-modelo da Playboy e um porteiro que alegou que Trump teria tido um filho fora do casamento. Esses esforços visavam silenciar potenciais escândalos que poderiam prejudicar a campanha presidencial de Trump em 2016.

Com a leitura da sentença se aproximando, o futuro de Donald Trump e seu impacto na política americana permanecem incertos. O julgamento e suas consequências podem moldar significativamente o cenário político nas próximas eleições, enquanto a nação observa atentamente os desdobramentos desse caso sem precedentes.

 

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