Por: Redação
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O glaucoma é uma condição oftalmológica séria e silenciosa que afeta os olhos, caracterizada pela elevação da pressão intraocular. É uma doença crônica, sem cura, e se não for tratada adequadamente, pode levar à perda total da visão.
No Brasil, cerca de 1,7 milhão de pessoas são estimadas como portadoras dessa condição, tornando-se uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo e ao longo dos últimos cinco anos, cerca de 300 mil brasileiros foram acompanhados e tratados no intuito de evitar a perda total da visão em razão do glaucoma.
Sintomas e fatores de risco do glaucoma
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, estudos demonstraram ainda que a prevalência do glaucoma varia entre 1% e 2% na população em geral, aumentando após os 40 anos (2%) e chegando a mais de 6% após os 70 anos. De acordo com o oftalmologista Humberto Borges, ao conversar com os pacientes são levantados dados como histórico familiar da doença, ter miopia, apresentar pressão intraocular elevada ou outras doenças oculares que aumentam as chances de a pessoa desenvolver glaucoma em algum momento de sua vida.
“Os sintomas do glaucoma podem não ser perceptíveis inicialmente, o que torna o diagnóstico precoce crucial. No entanto, alguns sinais podem incluir dor nos olhos, visão turva, halos ao redor das luzes, perda de visão periférica e, eventualmente, perda total da visão”, conta.
Além disso, o especialista explica que o diagnóstico do glaucoma geralmente é feito durante exames oftalmológicos de rotina, onde o médico mede a pressão intraocular. Outros exames, como o de fundo de olho e campo visual, podem ser necessários para confirmar o diagnóstico.
“O alerta é claro: a detecção precoce do glaucoma, por meio de exames oftalmológicos regulares, é essencial para identificar e tratar a doença antes que ocorra perda visual. Medidas preventivas e de acompanhamento médico, como monitoramento da pressão intraocular, uso de medicamentos adequados e tratamentos a laser ou cirúrgicos podem ajudar a controlar a progressão da doença e proteger a visão a longo prazo“, alerta o oftalmologista Humberto Borges.
Ainda segundo o especialista, o tratamento do glaucoma visa principalmente controlar a pressão intraocular para evitar danos adicionais ao nervo óptico. Isso pode ser feito com o uso de colírios que ajudam a reduzir a pressão ocular, cirurgias ou procedimentos a laser, dependendo da gravidade e do tipo de glaucoma.
“A prevenção do glaucoma é fundamental e envolve visitas regulares ao oftalmologista, pelo menos uma vez por ano, especialmente para pessoas com fatores de risco, como histórico familiar da doença, idade acima de 40 anos, alta miopia e diabetes. O controle da pressão intraocular e o seguimento adequado do tratamento são essenciais para evitar complicações graves e a perda da visão”, revela.
É importante ressaltar que o abandono do tratamento devido à falta de sintomas ou custos dos medicamentos pode resultar em consequências graves, incluindo a progressão da doença e a perda permanente da visão. Portanto, é crucial que os pacientes sigam as recomendações médicas e mantenham o tratamento conforme orientado.