Por: Alex Alves
Foto: Reprodução/Diogo Zacarias/MF
Durante sua participação na Cúpula do G7, na Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou seu apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e reconheceu a necessidade de uma revisão nos gastos do governo. A declaração vem em um momento de pressão crescente para que o governo federal equilibre as contas públicas através da contenção de despesas, após o dólar atingir seu maior valor em 17 meses.
Lula deixou claro que Haddad continuará sendo uma peça central em sua administração: “O Haddad jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente da República, porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e mantido por mim. Se o Haddad tiver uma proposta, ele vai me procurar essa semana e vai discutir economia comigo”, afirmou o presidente.
A pressão sobre Haddad aumentou depois que o Congresso devolveu a Medida Provisória conhecida como “MP do Fim do Mundo”, que tratava das compensações das desonerações fiscais. Em resposta, o ministro da Fazenda se comprometeu a revisar os gastos públicos, alinhado com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Ambos prometeram apresentar propostas de cortes de despesas, uma abordagem que vai contra a tradição do Partido dos Trabalhadores (PT).
Lula criticou aqueles que exigem ajustes fiscais, argumentando que são os mesmos que aprovaram desonerações fiscais sem fornecer compensações.