Lula: BC é a única “Coisa Desajustada” e ricos se apoderaram do orçamento

Presidente concentra debate nos incentivos fiscais e defende medidas para aumentar arrecadação sem comprometer cortes de despesas

Por: Tatiane Braz

Foto: Destaque/Ricardo Stuckert

Em entrevista à rádio CBN nesta terça-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o Banco Central, qualificando-o como a única “coisa desajustada” no país. Ele direcionou suas críticas especialmente ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e afirmou que os ricos se apropriaram do Orçamento enquanto reclamam dos gastos destinados à população mais pobre.

Lula argumentou que o debate sobre as contas públicas deve se concentrar no tamanho dos incentivos fiscais, sugerindo que seu governo continuará focado em medidas para aumentar a arrecadação. Ele evitou se comprometer com a redução de despesas, afirmando que cabe à equipe econômica apresentar a necessidade de cortes.

“O governo está realizando um estudo muito sério sobre o Orçamento”, declarou o presidente, ressaltando a importância de analisar detalhadamente as contas públicas antes de tomar qualquer decisão sobre cortes de gastos. Lula reforçou que seu objetivo é garantir que os recursos públicos sejam utilizados de maneira a beneficiar a população mais vulnerável.

Durante a entrevista, Lula também destacou que a equipe econômica está empenhada em encontrar soluções que equilibrem as contas públicas sem prejudicar os programas sociais. Ele enfatizou a necessidade de justiça fiscal e criticou a elite econômica por tentar influenciar as políticas orçamentárias em seu favor, ao mesmo tempo em que criticam os investimentos sociais.

“O que vemos é uma parcela rica da sociedade se beneficiando do Orçamento, mas reclamando quando os recursos são destinados aos mais pobres”, disse Lula, sublinhando a necessidade de uma distribuição mais equitativa dos recursos públicos.

A entrevista deixa claro que o governo de Lula pretende seguir uma linha de atuação que priorize o aumento da arrecadação e a justiça social, ao mesmo tempo em que mantém um olhar crítico sobre o papel do Banco Central e sua gestão das políticas econômicas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *