Por: Redação
Foto: Reprodução/TV Globo
O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (20), indicando que o Primeiro Comando da Capital (PCC) teria encomendado a morte de Ronnie Lessa, ex-policial militar e assassino confesso da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Lessa foi recentemente transferido do presídio federal de Campo Grande para o complexo prisional de Tremembé, no interior paulista.
O documento também foi encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), à desembargadora Ivana David e ao promotor Lincoln Gakiya, especialistas em investigações ligadas ao PCC. O Sifuspesp solicita uma reavaliação da transferência de Lessa, destacando um clima tenso e preocupações com a segurança na unidade prisional.
Segundo o sindicato, a motivação para o suposto plano de assassinato estaria ligada ao fato de Lessa ser ex-policial militar e possuir conexões com milícias, tornando-se um alvo natural para o PCC.
O ofício alerta para um possível aumento da violência e até mesmo uma rebelião na P1 de Tremembé, onde Lessa está detido em uma cela isolada. A unidade prisional já enfrenta superlotação, e o sindicato destaca que é impossível monitorar Lessa de forma integral, conforme determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, pois a prisão não dispõe de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) para casos como o dele.
“Fica claro que o monitoramento total é impossível. Nesta unidade, o parlatório é monitorado, mas as áreas comuns não são”, afirmou Fábio Jabá, presidente do Sifuspesp. “Se a segurança da unidade e a segurança do próprio Lessa dependem disso, estamos diante de um sério problema”, alertou.
O caso envolvendo Ronnie Lessa continua a gerar preocupações significativas no sistema prisional de São Paulo, com o sindicato dos funcionários alertando para os riscos iminentes à segurança do detento e à estabilidade da unidade onde ele está preso. A solicitação de reavaliação da transferência visa garantir medidas adequadas de proteção e evitar incidentes graves no complexo prisional de Tremembé.
A situação permanece sob monitoramento das autoridades competentes, enquanto o STF ainda não se pronunciou oficialmente sobre o recebimento do ofício do sindicato.