Por: Redação
Foto: Reprodução/Vinicius Martins/Revista Factual
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindcoletivo) agendou uma audiência com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para discutir um acordo que possa suspender a greve dos motoristas de ônibus em Goiânia, prevista para iniciar esta semana. A reunião está marcada para as 9h desta quarta-feira, 26, na sede da Corte.
Carlos Alberto, presidente do Sindcoletivo, manifestou esperança de um resultado positivo na audiência. “Eu espero que seja positiva. As empresas estão em um momento econômico favorável, com subsídios para passagens, reformas de terminais e pontos de ônibus, além da compra de nova frota. Não vejo porquê, então, nesse momento, elas não possam olhar para a classe trabalhadora e oferecer uma proposta que atendamos”, disse.
A principal reivindicação dos motoristas é a recomposição salarial, que, segundo Carlos Alberto, vem sendo perdida desde 2017, com um agravamento em 2020, durante a pandemia de Covid-19.
Quase 90% dos motoristas aderiram à greve, apesar do que o sindicato descreve como “assédio moral” por parte de fiscais e das empresas. Carlos Alberto enfatizou a importância de uma greve legal e organizada, com todos os recursos de negociação explorados e mediação junto à Superintendência Regional do Trabalho.
“Queremos uma greve dentro da lei. Nada de ilegalidades. Estamos reivindicando direitos legítimos, amparados pela Constituição”, afirmou Carlos Alberto.
As reivindicações dos motoristas incluem um reajuste salarial de 15% e um aumento de 20% no auxílio alimentação, valores considerados razoáveis devido à ausência de reajustes nos últimos anos. Atualmente, o salário de um motorista de ônibus é cerca de R$2.830, com uma carga horária de 8 horas.
Outras demandas dos motoristas são:
– Redução da carga horária diária
– Aumento do tempo de almoço
– Salas de descanso
– Melhores salas de refeições
– Banheiros separados das salas de refeição
O resultado da audiência, que será decisivo para a continuidade ou suspensão da greve, impactando milhares de usuários do transporte público em Goiânia.