Por: Redação
Foto: Reprodução/REMO CASILLI/REUTERS
O Vaticano anunciou a excomunhão do arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, conhecido por suas severas críticas ao Papa Francisco. A decisão foi tomada devido à recusa persistente de Viganò em reconhecer a autoridade do sumo pontífice e por suas acusações controversas, que frequentemente carecem de provas substanciais.
Viganò, ex-núncio nos Estados Unidos, tem sido uma figura polarizadora na hierarquia da Igreja Católica, tendo acusado o Papa Francisco de ignorar ou encobrir alegações de crimes sexuais dentro da igreja. Essas acusações, no entanto, nunca foram corroboradas por evidências sólidas.
A excomunhão, uma penalidade eclesiástica raramente aplicada, ocorre automaticamente quando um indivíduo comete um delito específico, como rejeitar a autoridade papal de maneira pública e obstinada. O comunicado do Vaticano destacou que Viganò, em várias ocasiões nos últimos anos, declarou não reconhecer a legitimidade do Papa e criticou decisões tomadas pelo pontífice.
Em dezembro de 2023, Viganò intensificou suas críticas após o Papa Francisco permitir a bênção para casais homossexuais, chamando-o de “usurpador sentado no trono de Pedro”, em referência à posição papal. Essa postura crítica exacerbou as tensões já existentes dentro da alta cúpula da igreja.
O caso reflete profundas divisões dentro da Igreja Católica, não apenas sobre questões de doutrina e moralidade, mas também sobre a própria liderança da instituição. Enquanto alguns veem Viganò como um defensor da ortodoxia e da transparência, outros o consideram um dissidente que mina a unidade e a autoridade da Igreja.
O Papa Francisco, conhecido por sua abordagem mais inclusiva e progressista, tem enfrentado resistência de setores conservadores desde o início de seu pontificado. A excomunhão de Viganò pode ser vista como um esforço para reafirmar a autoridade papal e a coesão interna da Igreja Católica diante dessas divisões crescentes.