Por: Redação
Foto: Agência Brasil
A partir desta terça-feira, os brasileiros começam a sentir no bolso mais um aumento no preço da gasolina e do gás de cozinha. O reajuste, anunciado pela Petrobras na última semana, entrou em vigor hoje, impactando diretamente o orçamento das famílias e o custo do transporte em todo o país.
Segundo a Petrobras, o aumento médio da gasolina será de R$ 0,20 por litro nas refinarias. Esse reajuste, no entanto, pode variar de acordo com a região e o posto de combustível, podendo chegar a valores ainda maiores para o consumidor final. Já o gás de cozinha (GLP), utilizado na maioria dos lares brasileiros, sofreu um acréscimo de aproximadamente R$ 0,15 por quilo, o que representa um aumento de R$ 2,25 para o botijão de 13 kg.
A estatal justificou os reajustes com base na política de preços que segue a paridade de importação, alinhada às cotações internacionais do petróleo e à taxa de câmbio. “Esses ajustes são necessários para garantir o equilíbrio econômico da companhia e manter a competitividade no mercado global”, afirmou a Petrobras em nota.
Para os consumidores, o impacto é sentido de forma imediata. Maria Aparecida Silva, dona de casa e moradora de São Paulo, relatou preocupação com os constantes aumentos. “A cada mês fica mais difícil fechar as contas. O gás de cozinha está pesando muito no orçamento, e agora com o aumento da gasolina, tudo vai ficar mais caro, desde o transporte até os alimentos”, desabafou.
Os aumentos também têm reflexo nos serviços de transporte e nos preços dos produtos alimentícios. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) já manifestou descontentamento e sinalizou que o setor pode enfrentar dificuldades adicionais. “O transporte de mercadorias ficará mais caro, e esses custos são repassados para o consumidor final”, explicou José da Silva Tavares, presidente da Abcam.
Economistas apontam que o reajuste nos combustíveis pode pressionar ainda mais a inflação, que já vinha dando sinais de alta nos últimos meses. “O impacto será sentido em cadeia, afetando diversos setores da economia. É um momento desafiador para o país”, analisou a economista Carolina Mendes.