Por: Redação
Foto: Ricardo Stuckert
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu um recorde no pagamento de emendas parlamentares ao orçamento, liberando mais de R$ 8,6 bilhões na primeira semana de julho de 2024. Esse valor nunca havia sido atingido em um período tão curto.
O Executivo cumpriu um acordo com o Congresso Nacional ao acelerar os pagamentos indicados pelos parlamentares, visando abastecer os redutos eleitorais antes do período vedado pela legislação eleitoral. O maior volume de pagamentos ocorreu em 3 de julho, quando o governo transferiu R$ 4,2 bilhões em “emendas Pix”, recursos enviados diretamente aos estados e prefeituras sem necessidade de formalização prévia.
Até então, o recorde anterior pertencia ao governo de Jair Bolsonaro (PL), que, na última semana de junho de 2022, pagou cerca de R$ 8,4 bilhões em emendas. Na época, o governo Bolsonaro enfrentava a possibilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção no Ministério da Educação, o que também pressionou a liberação das emendas antes das eleições.
Os dados, que abrangem o período de 2015 a 2024, foram analisados pela plataforma Siga Brasil, do Senado Federal, e ajustados pela inflação conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República informou, em nota, que o total de pagamentos alcançou R$ 29,77 bilhões, superando a meta inicial de R$ 21,51 bilhões. Esse montante inclui projetos de execução rápida no Rio Grande do Sul, totalizando R$ 1,35 bilhão.