Por: Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais/Instagram
O ex-BBB, humorista e influenciador conhecido como Nego Di, cujo nome verdadeiro é Dilson Alves da Silva Neto, está no centro de uma investigação do Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul. A operação, realizada nesta sexta-feira (12), apura a suspeita de lavagem de cerca de R$ 2 milhões provenientes de rifas virtuais.
Prisões e apreensões
Gabriela Sousa, esposa do influenciador, foi presa em flagrante por posse de uma arma não registrada e de uso restrito das Forças Armadas. Os advogados do casal alegam que não tiveram acesso aos autos do inquérito e afirmam que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno.
A operação busca evidências de que o casal lavou dinheiro obtido através de rifas virtuais promovidas em suas plataformas digitais. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na região do litoral catarinense. A identidade dos alvos, inicialmente não divulgada pelo MP, foi confirmada pelo portal g1 como sendo Nego Di e sua esposa.
Detalhes da investigação
O promotor de justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, informou que dois veículos de luxo e a arma de uso restrito foram retidos pelo MP. A operação visa encontrar documentos, mídias sociais, celulares e outros objetos que possam fornecer uma visão clara dos crimes praticados e dos valores arrecadados pelo casal. Além disso, a Justiça bloqueou os valores e declarou a indisponibilidade dos bens de ambos os investigados e de terceiros envolvidos.
Contexto das Rifas Virtuais
Nego Di, ganhou notoriedade ao participar do Big Brother Brasil 21, sendo o terceiro eliminado com 98,76% dos votos. Após sua participação no reality show, ele passou a promover rifas em redes sociais, cujo regulamento incentivava a compra de mais números para aumentar as chances de ganhar prêmios.
O Ministério Público iniciou a investigação sobre essas rifas, consideradas ilegais, resultando na operação contra ele e Gabriela Sousa.
Histórico de problemas legais
Nego Di já enfrentou sanções da Justiça do Rio Grande do Sul por divulgar fake news. Ele foi obrigado a apagar publicações falsas sobre as enchentes em Canoas, Porto Alegre, e está proibido de postar novas informações enganosas, sob pena de multa de R$ 100 mil.
As acusações envolvem a disseminação de notícias falsas de que as autoridades impediam barcos privados de resgatarem pessoas e animais devido à falta de habilitação dos condutores, além de compartilhar imagens de cadáveres de outra inundação, sugerindo que eram das enchentes locais.
Esta operação marca mais um capítulo na tumultuada carreira do influenciador, agora sob suspeita de envolvimento em atividades criminosas ligadas à promoção de rifas virtuais.