Por: Alex Alves
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O Centro-Oeste brasileiro, incluindo o estado de Goiás, enfrenta um período crítico de estiagem todos os anos, geralmente entre os meses de maio e setembro. Esse tempo seco, caracterizado pela ausência prolongada de chuvas e baixa umidade do ar, traz sérios riscos à saúde da população, afetando tanto crianças quanto adultos. A escassez de recursos hídricos e a qualidade do ar comprometida são apenas algumas das dificuldades enfrentadas pela população local durante esse período.
As crianças são particularmente vulneráveis aos efeitos adversos do tempo seco. Com o ar mais seco, as vias respiratórias ficam irritadas, aumentando a incidência de doenças respiratórias, como bronquite, asma e rinite alérgica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a exposição prolongada a condições de baixa umidade pode prejudicar o desenvolvimento pulmonar em crianças, levando a complicações de saúde a longo prazo. Além disso, a desidratação é uma preocupação constante, pois os corpos infantis perdem líquidos mais rapidamente, exigindo uma hidratação constante para evitar problemas mais graves.
Os adultos também sofrem com os efeitos do clima seco, embora de formas diferentes. Problemas respiratórios, como sinusite e faringite, são comuns, agravados pela poluição do ar causada por queimadas e poeira em suspensão. A baixa umidade relativa do ar pode provocar ressecamento da pele e dos olhos, além de dores de cabeça e indisposição geral. Para aqueles que já têm condições crônicas, como doenças cardíacas ou pulmonares, a situação é ainda mais crítica, exigindo cuidados médicos frequentes e maior controle de sintomas.
Apesar da gravidade da situação, os recursos para mitigar esses problemas ainda são insuficientes. Hospitais e centros de saúde enfrentam desafios para atender à demanda crescente por atendimento médico durante os períodos de seca. Campanhas de conscientização são essenciais para orientar a população sobre as medidas preventivas que podem ser adotadas, como o uso de umidificadores de ar, a ingestão constante de líquidos e a manutenção de ambientes internos limpos e livres de poeira.
É crucial que autoridades e a população adotem medidas preventivas para minimizar os efeitos negativos do tempo seco. Algumas das ações recomendadas incluem:
– Hidratação Adequada: Consumir água regularmente para manter o corpo hidratado.
– Umidificação de Ambientes: Utilizar umidificadores de ar ou mesmo bacias de água para aumentar a umidade relativa do ar em ambientes internos.
– Evitar Exposição Prolongada: Reduzir o tempo ao ar livre durante os períodos de maior secura e poluição.
– Higiene Nasal e Ocular: Lavar frequentemente as narinas com soro fisiológico e proteger os olhos com colírios apropriados.
– Monitoramento de Saúde: Manter consultas regulares com profissionais de saúde, especialmente para indivíduos com condições pré-existentes.
A conscientização e a ação coletiva são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelo tempo seco no Centro-Oeste brasileiro. Apenas com a colaboração entre governo, profissionais de saúde e a população será possível minimizar os impactos negativos e promover um ambiente mais saudável para todos.
O tempo seco no Centro-Oeste brasileiro representa um risco significativo à saúde da população, afetando especialmente crianças e adultos com condições crônicas. Embora os recursos ainda sejam limitados, medidas preventivas podem ser adotadas para mitigar esses efeitos adversos. A conscientização e a prevenção são chaves para enfrentar esse desafio sazonal e garantir uma melhor qualidade de vida para os goianos e demais habitantes da região.