Investigado por ameaças a indígenas, Deputado Rodrigo Amorim nega acusações

Pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro é acusado de ameaçar indígenas da Aldeia Maracanã; Polícia Civil investiga o caso

Por: Redação

Foto: Divulgação/ Alerj

O pré-candidato do União Brasil à prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado estadual Rodrigo Amorim, está sendo investigado pela Polícia Civil do estado por supostamente ter ameaçado indígenas da Aldeia Maracanã no dia 2 de julho.

De acordo com o cacique da Aldeia Maracanã, Uratau Guajajara, Amorim foi ao local acompanhado de sete homens armados e ameaçou os indígenas que ali vivem. Em boletim de ocorrência, Guajajara relatou que o deputado afirmou que removeria a população “à força” e “na porrada”. Amorim, por sua vez, negou as acusações, afirmando que os homens que o acompanhavam não estavam armados e que ele não ameaçou nem ofendeu os indígenas.

Tamykuam Pataxó, uma das testemunhas da investigação, confirmou os relatos de Guajajara, dizendo que o deputado demonstrou “ódio dos moradores da aldeia”. Ela também afirmou que Amorim gravou sua visita e as ameaças feitas aos indígenas.

Tamykuam Pataxó declarou ainda que sente sua vida ameaçada, mencionando que já avistou “carros pretos com vidros escuros seguindo-a e rondando a aldeia”.

Esta não é a primeira vez que Amorim é acusado de ofender e intimidar os indígenas da Aldeia Maracanã. Em 2019, o deputado declarou na Assembleia Legislativa Estadual do Rio de Janeiro (Alerj) que o local era um “lixo urbano” e que quem gostava de “índio” deveria ir para a Bolívia.

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