Por: Redação
Foto: Reprodução
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite deste domingo (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou enfaticamente que não abrirá mão da responsabilidade fiscal. “Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho”, disse Lula.
O presidente destacou que essa responsabilidade é crucial para permitir o apoio à população, citando como exemplo a ajuda ao Rio Grande do Sul com recursos federais. “Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne. Depois de anos de estagnação, a indústria brasileira está voltando a ser o motor do desenvolvimento”, completou.
As declarações do presidente se dão na esteira do anúncio de contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento. A equipe econômica anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões e um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. O detalhamento dos cortes por ministérios será publicado em 30 de julho.
Na quase dois meses das eleições municipais, Lula aproveitou para criticar a gestão de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). “O Brasil era um país em ruínas. Diziam defender a família, mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas”, afirmou. Ele mencionou o abandono de políticas públicas como a Farmácia Popular e o Minha Casa, Minha Vida, além de cortes em educação, SUS e meio ambiente. “Espalharam armas em vez de empregos. Trouxeram a fome de volta”, acrescentou.
Por fim, o presidente ressaltou as principais bandeiras do Brasil à frente do G20 em 2024: a taxação de super-ricos e a estruturação de uma aliança global contra a fome. “Em novembro vamos sediar a reunião de cúpula do G-20, o grupo das economias mais importantes do mundo. Vamos colocar no centro do debate internacional a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Para tornar o mundo mais justo, estamos levando para o G-20 a proposta de taxação dos super-ricos, que já conta com a adesão de vários países”, concluiu Lula.