Por: Tatiane Braz
Ismail Haniyeh, durante discurso para o povo palestino em Gaza — Foto: Said Khatib / Arquivo / AFP Photo
O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado na capital iraniana, Teerã, conforme comunicado oficial do grupo palestino nesta quarta-feira. A morte do líder e de um de seus guarda-costas foi confirmada pela Guarda Revolucionária do Irã, que informou estar investigando o incidente ocorrido na manhã de terça-feira.
Ataque à Residência de Haniyeh
De acordo com a Guarda Revolucionária, a residência de Haniyeh foi alvo de um ataque que resultou na morte do líder do Hamas e de um de seus guarda-costas. “A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida, resultando na sua martirização e na de um de seus guarda-costas,” afirmou o comunicado oficial. Ainda não há detalhes sobre a execução do ataque, e nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo assassinato até o momento.
Tensões com Israel
Israel, que havia prometido ações contra líderes do Hamas após um ataque em 7 de outubro que deixou 1.200 mortos e 250 reféns, não fez comentários sobre o assassinato de Haniyeh. O Hamas declarou que o líder foi morto em um “ataque aéreo traiçoeiro” enquanto estava em Teerã para a posse do presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
Reações e Consequências
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou veementemente o assassinato, conforme relatado pela agência de notícias WAFA. Em resposta à morte de Haniyeh, grupos palestinos convocaram uma greve geral e manifestações em massa.
Acusações e Implicações Internacionais
Em maio, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Haniyeh por crimes de guerra relacionados ao conflito entre Israel e Hamas. Outros dois líderes do Hamas, bem como o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ministro da defesa Yoav Gallant, também foram alvos de mandados de prisão.
Silêncio dos Estados Unidos
A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, não emitiu uma declaração oficial sobre o assassinato. O governo americano tem pressionado tanto o Hamas quanto Israel a concordarem com um cessar-fogo temporário e a libertação de reféns.
Conclusão
O assassinato de Ismail Haniyeh em Teerã aumenta ainda mais as tensões na região. A investigação sobre o ataque está em andamento, enquanto o mundo observa atentamente os desdobramentos deste evento que pode ter profundas implicações políticas e militares no Oriente Médio.