Por: Redação
Foto: Federico PARRA/AFP
Em um comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira (1º/8), os Estados Unidos reconheceram a vitória de Edmundo González Urrutia, oponente de Nicolás Maduro, nas recentes eleições da Venezuela. O Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, afirmou que o processamento dos votos e o anúncio dos resultados pelo Conselho Eleitoral Nacional (CNE), controlado por Maduro, foram “profundamente falhos” e não refletem a verdadeira vontade do povo venezuelano.
“Parabenizamos Edmundo González Urrutia por sua campanha bem-sucedida. Agora é o momento para os partidos venezuelanos começarem as discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo venezuelano”, declarou Blinken.
O comunicado dos EUA destacou que mais de 80% das folhas de contagem recebidas diretamente das seções eleitorais indicam uma vitória clara de Urrutia, com uma margem que torna impossível a reversão do resultado. Os Estados Unidos reafirmaram seu compromisso com a democracia e a transparência, criticando a falta de clareza e a manipulação dos dados eleitorais pelo governo de Maduro.
O reconhecimento da vitória de Urrutia pelos Estados Unidos intensifica a pressão sobre o regime de Maduro, que já enfrenta críticas severas tanto domésticas quanto internacionais. O processo eleitoral venezuelano tem sido amplamente condenado por organizações de direitos humanos e governos estrangeiros devido à falta de transparência e alegações de fraude.
Além dos Estados Unidos, outros países da América Latina, como Brasil, Colômbia e México, têm exigido mais clareza nas atas eleitorais. Em uma nota conjunta, esses países solicitaram ao governo venezuelano a divulgação completa dos dados eleitorais para garantir a legitimidade do processo.
Com o reconhecimento internacional da vitória de Urrutia, espera-se que haja uma mobilização para negociar uma transição pacífica de poder na Venezuela. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, e há uma expectativa crescente de que os partidos venezuelanos consigam chegar a um acordo que respeite a vontade popular e promova a estabilidade no país.
O momento é crítico para a Venezuela, e a pressão para uma resolução democrática e pacífica continua a aumentar. O apoio internacional, combinado com a demanda por transparência e justiça, pode ser decisivo para o futuro político da nação.