Por: Redação
Foto: Arquivo Pessoal
A filha de um ex-deputado de Goiás trouxe à tona uma história angustiante de violência doméstica e desespero. Após ser agredida, estuprada e ter o filho levado pelo marido, a mulher decidiu romper o silêncio e denunciar os abusos que sofreu ao longo de seis anos de casamento. A denúncia, feita à Polícia Civil de Goiânia, revelou uma série de agressões físicas, psicológicas e patrimoniais que culminaram no desaparecimento do filho do casal, de apenas quatro anos.
A mulher, que prefere não ser identificada, contou que as violências começaram logo no início do relacionamento. Segundo ela, o marido apresentava comportamento abusivo, tendo sido levado pela família para clínicas de reabilitação e tratamento psiquiátrico. Com o passar dos anos, as agressões se intensificaram. “Ele me humilhava, dizendo que eu era horrível, tirava fotos das minhas partes íntimas enquanto eu dormia e fazia transferências bancárias sem meu consentimento”, relatou a vítima.
Em mensagens trocadas com o marido, a mulher implora para que ele não a agredisse. “O tanto que eu implorei para você não gritar, não me bater e não me enforcar. Sinto dores da sua agressão. Você quase me desmaiou, pelo amor de Deus”, escreveu. O homem respondeu pedindo desculpas, mas as agressões continuaram. Desesperada, a mulher começou a reunir provas e fez várias denúncias à polícia.
Após a denúncia, o marido saiu de casa levando o filho do casal. A mulher está há sete dias sem notícias do menino e expressa seu desespero. “Esse é o pior momento da minha vida. Nunca passei por uma angústia tão grande. Meu menino é o meu amor”, desabafou. A Polícia Civil de Goiânia está investigando o homem por ameaça, injúria, estupro, lesão corporal e violência psicológica.
A Justiça concedeu uma medida protetiva, ordenando que o suspeito mantenha uma distância de 200 metros da vítima e de seus familiares. Apesar das medidas, a mulher ainda teme por sua segurança e pela do filho.
A advogada que representa o suspeito afirmou que, por respeito a todas as partes envolvidas, a defesa se manifestará apenas por meio de processo judicial. “A nossa prioridade é proteger os interesses do filho do casal e, para isso, estamos juntando todas as provas necessárias”, declarou em nota.