Por: Alex Alves
Foto: Reprodução/VALERY HACHE / AFP
Morreu neste domingo (18/8) o ator francês Alain Delon, aos 88 anos. A notícia de seu falecimento foi divulgada pela mídia local e encerra a trajetória de um dos maiores nomes do cinema europeu. Delon sofreu um derrame cerebral em 2019 e, desde então, vinha enfrentando complicações de saúde, o que o levou a manifestar o desejo de encerrar a vida por meio de suicídio assistido.
Nascido em 8 de novembro de 1935, em Sceaux, na França, Delon teve uma infância marcada por dificuldades, trabalhando inicialmente como aprendiz de açougueiro ao lado de seu pai. Depois de servir na Marinha Francesa, ele começou a trilhar um caminho que o levaria ao estrelato, entrando no mundo do cinema por meio de amizades e pequenos trabalhos temporários.
O encontro decisivo com o cinema ocorreu em 1957, durante o Festival de Cannes, quando chamou a atenção de um produtor americano. Apesar da oferta para trabalhar em Hollywood, Delon optou por desenvolver sua carreira na França, onde construiu uma filmografia inesquecível. Entre seus filmes mais notáveis estão Rocco e Seus Irmãos (1960), O Samurai (1967), O Sol por Testemunha (1960), e Cidadão Klein (1976), obras que o consagraram como um dos maiores atores de sua geração.
Alain Delon não foi apenas um ator; ele se tornou um ícone do cinema, conhecido por sua presença enigmática, carisma e versatilidade. Sua carreira, que atravessou décadas, influenciou gerações de cineastas e atores.
A notícia de sua morte repercutiu rapidamente, e o presidente francês, Emmanuel Macron, prestou uma homenagem ao ator. “Alain Delon interpretou personagens lendários que marcaram o imaginário coletivo. Ele era mais do que uma estrela, era um monumento francês”, declarou Macron em suas redes sociais.
No entanto, nem tudo em sua vida foi glamour. No mês passado, uma polêmica envolvendo Delon veio à tona, quando a polícia apreendeu 72 armas de fogo e milhares de munições em sua residência. Embora ele não tivesse licença para possuir essas armas, as investigações foram arquivadas devido ao seu estado de saúde debilitado, que impediu um interrogatório.