Por: Alex Alves
Foto: Divulgação/Polícia Civil SP
Na última quinta-feira (22), Guozhen Zeng, um comerciante de 42 anos, foi preso em flagrante no centro de São Paulo, após a Polícia Civil descobrir que ele mantinha 26 cães em condições degradantes em suas lojas de bijuterias e presentes. As investigações revelaram um cenário de horror nos bastidores de seus estabelecimentos, onde os animais eram confinados em um porão escuro, sem acesso a comida, água, ou ventilação adequada.
De acordo com o delegado João Blasi, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPCC), o ambiente onde os cães estavam era descrito como “sucursais do inferno”. Os animais, majoritariamente da raça american bully, eram criados para venda ilegal, com valores entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Eles estavam privados de luz, oxigênio, e espaço, além de viverem em meio às próprias fezes, aspirando um ar insalubre.
Além das condições deploráveis, Zeng também é acusado de agredir os cães fisicamente, desferindo socos e pontapés nos animais, conforme apurado pela polícia. As autoridades chegaram ao local após denúncias de maus-tratos, o que levou à operação conjunta das polícias Civil e Militar.
Na tarde de sexta-feira (23), após audiência de custódia, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter Guozhen Zeng preso por tempo indeterminado, devido à gravidade dos crimes. O caso gerou grande comoção e indignação, colocando em evidência a necessidade de punições severas para quem comete atos de crueldade contra animais.
A apreensão dos cães e a investigação continuam, com as autoridades buscando garantir a segurança e o bem-estar dos animais resgatados. Organizações de proteção animal também estão acompanhando o caso de perto, oferecendo suporte e tratamento para os cães, que agora aguardam a oportunidade de encontrar novos lares.