Polícia descarta vazamento de gás em incêndio que matou família em Valparaíso

Perícia preliminar aponta explosão sem vazamento de gás e investiga produto de impermeabilização de sofá como possível causa do incêndio que vitimou casal e recém-nascido

Por: Redação

Foto Destaque: Reprodução

A Polícia Técnica Científica do Estado de Goiás descartou, em análise preliminar, a possibilidade de vazamento de gás como causa do incêndio que matou três pessoas na manhã de terça-feira (27/8) no condomínio Parque das Árvores, localizado no bairro Parque Rio Branco, em Valparaíso. As vítimas foram identificadas como Graciane Rosa de Oliveira, 35 anos, seu marido Luiz Evaldo, 28, e o filho recém-nascido do casal, de apenas 19 dias.

Durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde de quarta-feira (28/8), o perito criminal Fernando Lerbach informou que, apesar de a explosão ter sido confirmada, não foram encontrados sinais de vazamento de gás no apartamento da família. “Identificamos que houve uma explosão, mas ainda não podemos determinar a causa. O vazamento de gás é uma possibilidade, mas, em um primeiro momento, isso não foi detectado”, explicou Lerbach.

Além da hipótese de vazamento de gás, a polícia trabalha com a possibilidade de que o incêndio tenha sido provocado por um produto usado na impermeabilização de sofás. Pouco antes do incêndio, Renan Lima, um prestador de serviços autônomo, entrou no condomínio para realizar o procedimento no apartamento de Graciane e Luiz. Momentos depois, uma explosão foi ouvida. Renan e a mãe de Graciane, que também estava no local, conseguiram escapar com vida. Ambos estão internados, com a mãe da vítima em estado grave no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

Como medida preventiva, o síndico do condomínio, Anderson Oliveira, anunciou que, a partir desta quarta-feira, está proibido o acesso de prestadores de serviços para impermeabilização de sofás nas dependências do residencial. “Não estamos buscando culpados neste momento, mas precisamos entender o que aconteceu para garantir a segurança de todos”, afirmou Anderson.

Ainda segundo o síndico, o condomínio havia passado recentemente por uma atualização nos equipamentos de combate a incêndio, e todo o sistema de encanação estava em dia, descartando falhas estruturais como causas do acidente.

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) instaurou um inquérito para apurar as causas do incêndio. O delegado Bruno Van Kuyk, da 1ª Delegacia de Valparaíso, adiantou que os depoimentos de testemunhas serão coletados e as imagens das câmeras de segurança do condomínio analisadas, na busca por respostas para o trágico acidente que comoveu a comunidade local.

 

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