Impedido de subir no carro de som por manifestação do 7 de setembro, Pablo Marçal rebateu as críticas que vem sofrendo por aliados de Bolsonaro
Por: Redação
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A “guerra fria” entre Bolsonaro, seus aliados e Pablo Marçal tomou novos rumos após a manifestação do último sábado (07), na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).
Após ser impedido de subir no palanque para discursar, Marçal disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “se curvou ao comunismo”. Candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, ele ainda falou que Bolsonaro ficou de mãos atadas pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
“Bolsonaro se curvou aqui ao comunismo, aqui na cidade de São Paulo, infelizmente por conta do Waldemar Costa Neto, ele está com as mãos atadas, ele que não consegue fazer campanha pro Nunes, o que que eu vejo? Eu vejo que o Eliabe, que é o Silas, ele se levanta pra me desmoralizar, ele falou que eu tenho medo de Alexandre Morais, só tem uma pessoa que eu tenho medo, é o Deus Vivo”.
Marçal não consegue discursar na Avenida Paulista
A fala de Marçal aconteceu nesta segunda (09), durante um evento de campanha no Sindicato dos Taxistas de São Paulo. Segundo o coach, ele foi convidado para o evento de 7 de Setembro, que tinha como o principal foco o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Logo após chegar de El Salvador, ele se encaminhou para a manifestação. Porém, quando chegou ao final dos discursos, Marçal foi barrado de subir no carro de som onde estavam figuras políticas importantes, incluindo um dos seus concorrentes e atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
“Fui no 7 de Setembro para honrar um movimento cívico, de liberdade. Era um evento deles (da família Bolsonaro). Eu não tinha lugar de fala, mas tudo bem. Assim, fui impedido de subir. Fui num evento contra a censura e fui censurado”, disse Marçal.
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Os desentendimentos entre Pablo Marçal e aliados de Bolsonaro
Em nota, o ex-presidente classificou o episódio como um “lamentável incidente” e disse que os outros candidatos presentes, Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (Novo), tiveram “conduta exemplar e respeitosa”. Jair Bolsonaro também afirmou que o ex-coach quis subir no carro de som na Paulista para “fazer palanque à custa do trabalho e risco dos outros”.
Na sequência da “novela” entre essas figuras políticas, nesta segunda, de acordo com informações do UOL, Jair Bolsonaro compartilhou um vídeo na lista de transmissão do canal do Whatsapp que chama Pablo Marçal de “aproveitador”, “arregão” e “traidor”. No vídeo, que traz falas do pastor Silas Malafaia, há uma citação de que: “O candidato do PRTB mostrou sua verdadeira face”.
Entretanto, o influenciador disse que ainda continuará apoiando Bolsonaro “mesmo que ele esteja errado”. Além disso, vale destacar que nas últimas semanas Bolsonaro e alguns de seus aliados, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vêm se estranhando com Marçal nas redes sociais.
Silas Malafaia dispara contra coach: “lacrador”
Ainda mais, Silas Malafaia, que é um importante aliado de Bolsonaro entre os evangélicos, também vem fazendo uma série de críticas ao candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB. Recentemente, o presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo disse que Marçal “não era digno do voto da direita”.
Além disso, o pastor chegou a chamar o influencer de “soberbo” e “lacrador”. Em sua defesa, o coach elogiou o líder religioso, mas disse que Malafaia erra ao falar de política. “O Malafaia fez trabalho relevante como pastor no Brasil, mas como político só dá fora. Com política ele só dá fora”.
Nas redes sociais, Silas Malafaia publicou um vídeo onde diz que tem “A verdade sobre Pablo Marçal no 7 de setembro”. Porém, nos comentários do próprio post o candidato a prefeito de São Paulo ironizou: “Eu continuo te amando, mesmo você tendo ódio da minha pessoa”.
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(Reprodução/Instagram)