Por: Redação
Foto: Reprodução/Marina
A mansão no Jardim Europa, um imóvel de luxo avaliado em R$ 45 milhões e adquirido em agosto de 2022 por Marcelo Tostes por R$ 22,15 milhões, está no centro das atenções na campanha de Pablo Marçal. O imóvel, atualmente à venda, tem servido como local para jantares e eventos destinados à arrecadação de fundos para a candidatura de Marçal, gerando questões sobre a legalidade e a transparência dessas atividades.
A aquisição da mansão foi parcialmente financiada, com mais da metade do valor pago à vista. Recentemente, a propriedade tem sido palco de eventos de arrecadação, com convites chegando a R$ 10 mil, mas não há esclarecimentos sobre se o imóvel está alugado, emprestado ou quem arca com suas despesas. De acordo com as normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tais eventos devem ser declarados como gastos eleitorais, mas até o momento, a campanha de Marçal não registrou essas despesas.
A campanha do PRTB, partido de Marçal, enfrenta desafios financeiros, tendo recebido R$ 2,1 milhões em doações de pessoas físicas. No entanto, o partido não possui acesso ao fundo partidário e só dispõe de R$ 3,4 milhões do fundo eleitoral para todas as suas candidaturas. A falta de transparência nas finanças da campanha é uma preocupação crescente, especialmente considerando que ainda não foram apresentados extratos bancários ou referências aos eventos realizados na mansão.
Além das questões financeiras, o advogado de Marçal, Marcelo Tostes, esteve recentemente envolvido em uma manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, defendendo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Tostes, que se descreve como “conservador e amante da boa política” nas redes sociais, usou um boné com símbolos do PRTB, reforçando sua conexão com a campanha de Marçal.
A campanha tem até o dia 13 de setembro para submeter ao TSE todas as movimentações financeiras desde o início da corrida eleitoral até o dia 8 do mês corrente. A falta de clareza sobre as doações e as despesas relacionadas à mansão e aos eventos de arrecadação continua a levantar dúvidas sobre a integridade e a transparência da candidatura de Marçal.