Por: Redação
Foto Destaque: Reprodução/UOL
Durante sabatina realizada pelo Uol e a Folha de São Paulo, na tarde desta sexta (13), o candidato à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, chorou e deixou a transmissão ao vivo já no final da entrevista.
O jornalista, que tem 67 anos, se emocionou ao falar sobre a sua campanha política. Mesmo que tenha ficado chateado com o provável desfecho negativo das eleições para as suas pretensões políticas, ele disse que ainda tem esperança de ser eleito.
“Ainda tenho esperança. Realmente, tenho esperança. Outra coisa que reforcei nessas eleições é que eu tentei ajudar as pessoas a votar em mim. Eu, até agora, não consegui, porra, o que eu posso fazer? Outra coisa que encerro bem, tendo respeito por vocês jovens de imprensa, eu que já sou um velho jornalista, reconheço a ética e a capacidade da maioria de vocês. Muito obrigado”.
Essa fala foi colocada já ao fim da entrevista e, após as considerações. ele tirou os fones de ouvido e se levantou da cadeira. Logo após a saída de Datena, os jornalistas responsáveis pela sabatina se mostraram solidários e ressaltaram a emoção do apresentador ao final da conversa.
(Reprodução/UOL)
Alguns pontos importantes da entrevista de Datena
Perguntado sobre essa experiência fora da televisão, Datena afirmou que a vida do povo é bem pior de tudo aquilo que se vê na TV. De acordo com ele, andar pelas foi a melhor coisa de sua campanha.
“A melhor coisa foi estar no meio do povão. Se vocês verem o carinho que o povão tem comigo. É uma coisa bacana, que eu não tinha ideia, porque saio do trabalho e vou pra casa, não vou a lugar nenhum. De repente [na campanha], vou a lugares populares e o povo vem pra cima de mim e chora, não sei se de alegria ou tristeza, diz que vê meu programa. Sentir de perto a dureza das pessoas nas ruas”, disse.
Apesar de considerar os aspectos positivos das eleições, Datena praticamente ‘aceitou’ a derrota e lamentou por não conseguir realizar “um sonho”.
“O que gostaria de ter sido, infelizmente, vou m0rrer sem cumprir o meu sonho. É uma pena, né? Já escrevi um livro, já fiz tudo que poderia fazer na comunicação, entendeu? Então o sonho que eu tinha era de servir ao povo, como senador, que teria sido melhor, com mais tempo de me aperfeiçoar politicamente, aprender melhor, e não entrando de cara numa disputa majoritária”, finalizou.