Influenciadora e sua mãe serão liberadas após decisão judicial, mas permanecem proibidas de atuar em empresas relacionadas à investigação de jogos ilegais
Por: Redação
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A Justiça de Pernambuco ordenou, na noite desta segunda-feira (23), a libertação da influenciadora Deolane Bezerra, sua mãe Solange Bezerra e outros investigados no âmbito da Operação Integration. A ação policial apura um esquema de lavagem de dinheiro ligado a apostas ilegais. A decisão foi proferida pelo desembargador Eduardo Guilliod, que acolheu o habeas corpus impetrado pela defesa de Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da Esportes da Sorte.
De acordo com a determinação judicial, além de serem soltos, os envolvidos estão proibidos de frequentar ou tomar decisões em empresas vinculadas ao esquema investigado. Deolane e os demais também não poderão realizar qualquer tipo de publicidade ou menção a plataformas de jogos de apostas, uma das principais atividades sob investigação.
A prisão dos acusados, que havia sido decretada no início de setembro, foi revogada pela ausência de elementos suficientes para fundamentar uma acusação formal, conforme destacado pelo desembargador Guilliod. “Se inexistem provas conclusivas para a denúncia, a manutenção da prisão configura constrangimento ilegal,” afirmou o magistrado.
Deolane Bezerra havia sido detida no dia 10 de setembro, após descumprir medidas cautelares impostas pela Justiça. Ela e sua mãe foram acusadas de usar plataformas de apostas, conhecidas como bets, para movimentar dinheiro proveniente de atividades ilícitas. As suspeitas de lavagem de dinheiro aumentaram após a influenciadora adquirir e vender rapidamente um veículo de alto valor, levantando questionamentos sobre a origem dos recursos envolvidos na transação.
Novos desdobramentos
O caso ganhou maior repercussão após a emissão de um mandado de prisão preventiva contra o cantor Gusttavo Lima, também citado nas investigações. De acordo com documentos judiciais, Lima teria dado apoio a foragidos da Operação Integration, fato que pesou contra ele na decisão da juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. O sertanejo foi apontado como cúmplice ao supostamente ajudar suspeitos a deixarem o país durante uma viagem para a Grécia, onde não retornaram ao Brasil, agravando sua situação perante a Justiça.
A Operação Integration continua a investigar possíveis ramificações do esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, envolvendo personalidades públicas e figuras de destaque no cenário nacional. Enquanto isso, Deolane e os demais liberados aguardam os próximos passos do processo judicial, sob restrições que visam impedir qualquer interferência no andamento das investigações.