Empresária se recusa a devolver valor transferido acidentalmente; caso gera polêmica e investigações
Por: Tatiane Braz
Foto: Reprodução/Cora
Uma situação inusitada e polêmica se desenrolou nos últimos dias em Brasília, envolvendo a empresária Rubia de Oliveira, de 53 anos, que devolveu R$ 10 mil recebidos por engano após uma série de tentativas frustradas de contato e intervenções de instituições bancárias e da justiça. O incidente teve início em 16 de setembro, quando Bruna Marques, uma jornalista de 43 anos, cometeu um erro ao realizar uma transferência via Pix.
O valor deveria ser enviado para o marido de Bruna, Cláudio Fernandes, mas um dígito foi digitado incorretamente. As chaves Pix são semelhantes: a de Cláudio terminava em 2063, enquanto a de Rubia terminava em 1063, diferença que se tornou crucial para a confusão. Ao perceber o erro, Bruna imediatamente tentou contatar Rubia, mas a empresária bloqueou a comunicadora e, rapidamente, todo o seu círculo de familiares.
Desesperada, Bruna procurou ajuda do Banco C6 S.A. e do Banco Central, mas recebeu a informação de que a transação não poderia ser cancelada. Com o auxílio de sua gerente, ela contatou o Banco do Brasil, onde a conta de Rubia estava registrada. O gerente da agência sugeriu que Rubia se dirigisse a uma unidade em Brasília para tratar do assunto, mas a empresária insistiu que o valor era seu.
Após essa interação, Rubia desbloqueou Bruna no WhatsApp e confirmou que havia recebido um valor a mais, solicitando a chave Pix de Bruna. Após receber as informações, Rubia bloqueou novamente Bruna e cancelou sua linha telefônica. Perante essa situação, Bruna foi à Polícia Civil do DF, onde registrou um boletim de ocorrência por apropriação indébita, que está sendo investigado pela 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul).
Além da ação policial, Bruna decidiu buscar justiça por meio de um processo judicial, pleiteando R$ 10 mil por danos morais. A audiência está agendada para 18 de novembro, embora seu pedido de antecipação de tutela tenha sido negado. Após 15 dias de insistência e pressão, Rubia finalmente devolveu o valor, encerrando uma saga que levantou questionamentos sobre a responsabilidade e ética nas transações financeiras digitais entre indivíduos.