A comunidade internacional observa com preocupação a escalada de conflitos, enquanto líderes de ambos os países trocam acusações
Por: Tatiane Braz
Foto: Divulgação/AFP
Em meio a uma escalada de hostilidades, o Irã reafirmou seu direito à defesa após os recentes ataques aéreos realizados por Israel em suas instalações militares. O incidente, que ocorreu na madrugada de sábado (26/10), intensifica a preocupação da comunidade internacional sobre a possibilidade de um agravamento do conflito no Oriente Médio.
De acordo com autoridades iranianas, o sistema de defesa aérea do país conseguiu interceptar vários mísseis lançados por Israel, limitando os danos a alguns sistemas de radar. “Demonstramos que nossa determinação em nos defender não tem limites”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, em uma entrevista ao portal oficial do líder supremo iraniano.
Os ataques israelenses, que resultaram na morte de quatro soldados iranianos, foram justificados por Israel como uma resposta necessária para neutralizar ameaças à sua segurança. Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional de Israel, afirmou que o país tinha “uma obrigação histórica de impedir o Irã de destruir Israel”.
A reação dos Estados Unidos também se fez sentir, com o presidente Joe Biden afirmando que os alvos dos ataques eram exclusivamente militares, expressando esperança de que essa ofensiva marcasse o fim das hostilidades. Por sua vez, o presidente israelense Isaac Herzog agradeceu ao apoio americano em um momento tão crítico.
Os ataques de Israel são uma resposta a um lançamento massivo de mísseis pelo Irã contra o território israelense, que ocorreu em 1º de outubro, como retaliação pela morte de líderes do Hezbollah e do Hamas em ações israelenses anteriores. Com as operações militares se intensificando, Israel também está focando suas ações no Líbano, onde a presença do Hezbollah continua a ser uma preocupação.
No entanto, apesar das ações militares em curso, esforços diplomáticos ainda estão sendo realizados. Representantes de Israel, EUA e Catar estão se preparando para retomar as negociações em Doha, visando discutir a possibilidade de uma trégua e a liberação de reféns sequestrados em outubro de 2023.