Ex-policiais confessos serão julgados por júri popular; Ministério Público busca condenação exemplar
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ex-policiais militares que confessaram o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, enfrentarão o júri popular nesta quarta-feira (30). O julgamento será realizado no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, com início programado para as 9h. Os acusados, presos desde março de 2019, participarão do julgamento via videoconferência diretamente de seus presídios.
Crimes qualificados e pedido de pena máxima
Lessa e Queiroz são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado. O Ministério Público aponta motivos torpes, emboscada e ausência de defesa das vítimas como agravantes dos crimes. Além disso, os réus respondem pela tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora de Marielle e sobrevivente do ataque. O MP busca a pena máxima, que pode somar até 84 anos de prisão para ambos.
Processo extenso e testemunhas-chave
O processo, composto por mais de 13,6 mil páginas, inclui 68 volumes e 58 anexos, evidenciando a complexidade do caso. No julgamento, serão ouvidas nove testemunhas — sete indicadas pelo Ministério Público e duas pela defesa de Lessa — para esclarecer detalhes e apontar responsabilidades.
A trágica emboscada na Lapa
O crime ocorreu em março de 2018, quando Marielle e Anderson foram emboscados e assassinados na região da Lapa, no Rio de Janeiro, enquanto voltavam de um compromisso político. Desde então, o caso gerou repercussão nacional e internacional, demandando respostas e justiça para os familiares e para a sociedade.
Por: Redação
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