Preso em Luziânia, andarilho Antônio Luís Amorim Barbosa é descrito como perigoso e calculista; acusações detalham crimes brutais em Goiás
Em uma prisão preventiva que mobilizou as forças de segurança de Goiás, o andarilho Antônio Luís Amorim Barbosa, 35, é acusado de cometer ao menos dez homicídios em diversas cidades do estado. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), Barbosa afirmou em confissões às autoridades que sente “prazer em matar”, revelação que motivou um alerta sobre a periculosidade de sua liberdade.
O MPGO narra uma série de casos brutais, iniciados em 2015, que apontam Barbosa como um indivíduo violento e com padrões de ação repetitivos. Entre os crimes detalhados, está o assassinato de um homem em Luziânia, que teria ocorrido após um desentendimento durante o carnaval. Anos depois, em julho de 2024, ele é suspeito de um triplo homicídio em Senador Canedo.
Histórico de crimes violentos
A trajetória criminosa de Barbosa chama atenção pelo comportamento impiedoso. No primeiro crime registrado, em 2015, ele teria atacado um homem com golpes de pedra, após um desentendimento no carnaval de Luziânia. Segundo o relato do MPGO, meses após a briga, Barbosa reencontrou a vítima e, motivado pela raiva, desferiu vários socos antes de usar uma pedra para ferir a cabeça do homem até a morte. A denúncia descreve o ato como de “extrema brutalidade”.
Outro caso de latrocínio (roubo seguido de morte) ocorreu em Pirenópolis, no mesmo ano. Na ocasião, Barbosa relatou ter matado a vítima durante o roubo e admitiu sentir prazer em tirar vidas, atitude que reforça o comportamento violento que o MP vem acompanhando. A Defensoria Pública de Goiás defende Barbosa por dever constitucional, mas limitou-se a informar que só se manifestará formalmente nos autos.
Sentença e prisão recente
A prisão mais recente de Barbosa foi executada com base em um mandado emitido após um julgamento popular em Anápolis, em outubro de 2024, quando ele foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio. O júri popular classificou Barbosa como uma pessoa “indiferente à dor alheia” e com comportamento “próximo à sociopatia”, avaliando sua baixa empatia e periculosidade.
O crime de Anápolis, pelo qual ele foi condenado, envolveu um ataque a uma pessoa em situação de rua. Barbosa teria convidado a vítima para beber e, aproveitando-se de seu estado vulnerável, atacou-a com um bloco de concreto e facadas nas costas. Ele ainda permaneceu no local após o crime, mostrando desdém pelo ato.
Investigação em andamento
A Polícia Militar confirmou que Barbosa está sob investigação por suspeita de outros homicídios, incluindo casos em Anápolis, Luziânia, Senador Canedo e cidades próximas. A medida de prisão preventiva visa evitar novos crimes, enquanto o MPGO prossegue com as investigações para apurar o envolvimento de Barbosa em demais casos, reforçando o risco que ele representa para a sociedade.
Por: Redação
Foto: Divulgação/PM-GO